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terça-feira, 6 de março de 2018

As 15 perguntas que os evolucionistas mais temem


1. Como a vida surgiu? O evolucionista Paul Davies admitiu: “Ninguém sabe como uma mistura de químicos sem vida espontaneamente se organizou de modo a gerar a primeira célula” (Australian Centre for Astrobiology, Sydney, New Scientist 179(2403):32, 2003). Andrew Knoll, professor de Biologia em Harvard, disse: “Na verdade, nós não sabemos como é que a vida se originou neste planeta” (PBS Nova interview, How Did Life Begin?, July 1, 2004). Por menor que a célula possa ser, ela necessita de centenas de proteínas para poder levar a cabo as funções mais básicas. Mesmo que todos os átomos do Universo fossem uma experiência com todos os aminoácidos presentes para todas as vibrações moleculares possíveis na suposta idade evolutiva do Universo, nem uma única proteína funcional se formaria. Então, como é que a vida, com centenas de proteínas, se originou apenas como efeito das forças da química (sem design inteligente)?

2. Como surgiu o código genético? Código é um sistema de linguagem sofisticado com letras e palavras em que o significado das palavras é independente das propriedades químicas das letras – tal como a informação neste texto não é produto das propriedades químicas da tinta (ou pixels na tela). Que outro sistema de código existe que não tenha sido efeito de design inteligente? Como o sistema de código do DNA surgiu sem ser obra de design inteligente?

3. Como as mutações – acidentes na cópia (“letras” do DNA trocadas, apagadas ou acrescentadas, duplicação de genes, inversão cromossómica, etc.) – geraram os enormes volumes de informação de DNA nos sistemas biológicos? Como esses erros poderiam gerar três bilhões de letras de informação DNA de modo a transformar um micróbio em um microbiólogo? Há informação para construir proteínas, mas também para controlar seu uso – assim como um livro de culinária possui os ingredientes, mas também a forma como usá-los. Um sem o outro não serve para nada. As mutações são conhecidas pelo seu poder destrutivo, incluindo mais de mil doenças, como a hemofilia. Muito raramente elas são fonte de algum tipo de ajuda. Como a mistura de informação existente no DNA poderia gerar novos caminhos bioquímicos ou nanomáquinas biológicas?

4. Por que seleção natural, um princípio sugerido por um criacionista 25 anos antes de Darwin, é ensinada como “evolução”, como se isso explicasse a origem e a diversidade da vida? Por definição, a seleção natural (SN) é um processo seletivo (que “escolhe” entre a informação genética já existente) e, como tal, não se trata de um processo criativo. A SN pode explicar a sobrevivência dos mais aptos (como certos genes beneficiam certo tipo de criaturas para que vivam num ecossistema específico), mas não explica a origem dos mais aptos. A morte de formas de vida mal adaptadas a um ecossistema, bem como a sobrevivência dos mais bem adaptados não explicam a origem das características que tornam um organismo mais bem ajustado a um meio ambiente.

5. Como se originaram as novas reações bioquímicas, que envolvem múltiplas enzimas operando em sincronia? Para funcionar, todas as reações químicas (bem como as nanomáquinas) requerem múltiplos componentes “proteína + enzima”. Como é que acidentes fortuitos teriam criado apenas uma das tais estruturas? O bioquímico evolucionista Franklin Harold escreveu: “Temos que admitir que atualmente não existe nenhuma explicação darwiniana em torno da evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular – apenas uma variedade de especulações esperançosas” (Franklin M. Harold [emeritus biochemistry Colorado State University], The way of the cell: molecules, organisms and the order of life, Oxford University Press, New York, 2001, p. 205). Por que as escolas públicas – pagas por todos – escondem esse tipo de declarações?

6. Os seres vivos têm a aparência de terem sido criados? Como os evolucionistas sabem que eles não foram? O militante ateu e evolucionista Richard Dawkins escreveu: “A Biologia é o estudo de coisas complicadas que possuem a aparência de terem sido projetadas [criadas] com um propósito” (Richard Dawkins, The Blind Watchmaker, W.W. Norton & Company, New York, p. 1, 1986). Francis Crick, outro militante ateu e fervoroso evolucionista (co-descobridor da estrutura de dupla hélice do DNA), escreveu: “Os biólogos têm que se lembrar constantemente de que o que eles observam não foi criado mas, em vez disso, evoluiu” (Francis Crick, “What mad pursuit: a Personal View of Scientific Discovery”, Sloan Foundation Science, London, 1988, p. 138.) O problema para os evolucionistas é que os seres vivos revelam muito design. Quem levanta objeções a um arqueólogo quando ele declara que certo tipo de cerâmica aponta para design intencional e inteligente? No entanto, e numa total inversão da lógica e da ciência, os evolucionistas rejeitam qualquer interpretação da biologia que aponte para o Design Inteligente. Por que as origens da biosfera se devem restringir apenas e somente a causas que estejam de acordo com a versão atual do naturalismo?

7. Como vida multicelular surgiu? Como é que as células adaptadas para a sobrevivência individual “aprenderam” a cooperar para formar plantas e animais complexos?

8. Como o sexo surgiu? A reprodução assexuada produz o dobro do sucesso reprodutivo que a reprodução sexuada. Dada essa situação, como é que a última se tornou suficientemente vantajosa para ser selecionada? Como as forças da física e da química conseguiram, ao mesmo tempo e na mesma área geográfica, “inventar” o aparato complementar necessário para a reprodução sexual? É importante não esquecer que processos não inteligentes não conseguem planejar futura coordenação entre macho e fêmea.

9. Por que os esperados incontáveis milhões de fósseis transicionais ainda estão em falta? Darwin ressalvou o problema, mas ele ainda se mantém. As árvores evolutivas dos livros escolares se baseiam na imaginação dos evolucionistas e não nos fósseis em si. O famoso evolucionista e paleontólogo Stephen Jay Gould escreveu: “A extrema raridade das formas transicionais no registo fóssil continua a ser o segredo comercial da paleontologia” (Stephen Jay Gould, “Evolution’s erratic pace”, Natural History 86[5]14, May 1977). Outros evolucionistas afirmam essencialmente o mesmo.

10. Como os “fósseis vivos” permanecem essencialmente da mesma forma durante os supostos “milhões de anos”, se a evolução transformou minhocas em seres humanos durante o mesmo período? O evolucionista Gould escreveu: “A persistência da estabilidade entre as espécies tem que ser considerada um problema evolutivo” (S. J. Gould and N. Eldredge, “Punctuated equilibrium comes of age”, Nature 366:223–224, 1993). Não seria do interesse dos alunos saber que o padrão da vida não está de acordo com as expectativas evolutivas?

11. Como a química cega gerou a mente, a inteligência, o propósito, o altruísmo e a moralidade? Se tudo evoluiu e o ser humano inventou Deus, qual é o propósito e o significado da vida – se é que há algum? Devem os estudantes receber aulas de niilismo (a vida não tem sentido) nas aulas de ciência?

12. Por que os evolucionistas toleram histórias da carochinha? Os evolucionistas usam com frequência histórias maleáveis e imaginativas como forma de “explicar” uma observação que contradiga a teoria da evolução. O falecido professor de Química Dr. Philip Skell escreveu: “As explicações darwinistas para coisas como essas são usualmente demasiado flexíveis: a seleção natural torna os homens mais egocêntricos e agressivos, exceto – exceto quando os torna mais altruístas e pacíficos. Ou a seleção natural produz homens viris que estão desejosos de disseminar sua semente – exceto quando a seleção prefere homens que são protetores fiéis. Quando uma explicação é assim tão flexível que pode explicar qualquer tipo de comportamento, torna-se difícil testá-la empiricamente – muito menos usá-la como catalisadora de descobertas científicas” (P. S. Skell, “Why do we invoke Darwin? Evolutionary theory contributes little to experimental biology”, The Scientist 19[16]:10, 2005). Se uma teoria (evolução) explica dois comportamentos ou duas observações mutuamente exclusivas, será que se pode considerá-la uma teoria “científica”?

13. Onde estão os avanços científicos causados pela teoria da evolução? Dr. Marc Kirschner, fundador do Departamento de Biologia Sistemática, na Universidade de Harvard, diz: “De fato, durante os últimos cem anos, praticamente toda a biologia progrediu independentemente da teoria da evolução, exceto a própria biologia evolucionária. A Biologia Molecular, a Bioquímica e a Fisiologia não tiveram em conta a teoria da evolução” (citado no “Boston Globe”, 23 de outubro 2005). O Dr. Skell escreveu: “É o nosso conhecimento da operacionalidade das formas de vida – e não especulações sobre a forma como elas surgiram há milhões de anos – que é essencial para os médicos, veterinários, agricultores” (P. S. Skell, “The dangers of overselling evolution, Forbes magazine, 23 de fevereiro de 2009). Na verdade, a teoria da evolução impede o avanço científico. Por que, então, as escolas e as universidades ensinam o darwinismo de forma tão dogmática, retirando tempo da biologia experimental que tanto tem beneficiado a humanidade?

14. Ciência envolve experimentação como método de descobrir a forma como as coisas funcionam. Por que a evolução, uma “teoria” sobre o passado, é ensinada como se fosse o mesmo que ciência operacional? Não podemos experimentar – ou observar – o que ocorreu no passado. Quando questionado se a evolução alguma vez havia sido observada, o militante ateu e evolucionista Richard Dawkins disse: “A evolução já foi observada; ela só não foi observada durante o período em que estava ocorrendo” (pbs.org/now/printable/transcript349_full_print.html, 3 de dezembro de 2004). Não seria benéfico se os evolucionistas fossem honestos e revelassem ao mundo que sua teoria é uma hipótese (entre muitas) sobre o que supostamente ocorreu no passado?

15. Por que uma ideia fundamentalmente religiosa, um sistema de crenças que falha em explicar as evidências, é ensinada nas aulas de ciência? Karl Popper, famoso filósofo da ciência, disse: “O darwinismo não é ciência testável, mas, sim, um programa metafísico [religioso] de pesquisa” (K. Popper, Unended Quest, Fontana, Collins, Glasgow, p. 151, 1976). Michael Ruse, fervoroso evolucionista, declarou: “A evolução é promovida pelos seus aderentes como algo mais do que ciência. A evolução é promovida como uma ideologia, uma religião secular – uma alternativa ao Cristianismo, com propósito e moralidade. Sou um ardente evolucionista e um ex-cristão, mas tenho que admitir que nessa queixa – e o sr. [Duane] Gish é um dos que a faz – os literalistas [criacionistas] estão corretos. A evolução é uma religião. Isso foi assim em relação à evolução no princípio e é assim em relação à evolução hoje” (Michael Ruse, “Saving darwinism from the darwinians”, National Post [May 13, 2000).

Fonte: Criacionismo.com.br


Fraudes Evolucionistas


Queremos demonstrar através deste texto, de que maneira através da história, os defensores da evolução vêm forjando suas fraudes, com intuito de criar evidências que sustentem a Teoria da Evolução das Espécies, proposta por Charles Darwin, e de que maneira vergonhosa tais fraudes, bastante conhecidas, perpetuam-se em livros didáticos, com intuito de fundamentar uma teoria que não foi comprovada.

Vamos começar com a famosa teoria da recapitulação embrionária proposta por Ernst Haeckel em 1866, que tinha o objetivo de “comprovar” que nas primeiras semanas, o feto humano assemelhar-se-ia às várias fases do desenvolvimento evolucionário, tendo uma vez as brânquias como um peixe, outra vez um rabo como de macaco, etc.
Haeckel publica seu famoso desenho, que ilustraria a suposta semelhança entre o feto humano e o feto dos demais animais como: peixe, salamandra, tartaruga, galinha, porco e coelho, como vemos na figura ao lado.
O fato, é que, sabemos hoje que Haeckel deliberadamente fraudou os desenhos como veremos na figura abaixo que mostra o comparativo entre o desenho de Haeckel e o feto real fotografado.


Tal fraude apesar de bastante conhecida ainda é publicada em livros de biologia em todo o mundo e no Brasil não é diferente, então pergunto, de que maneira podemos dar crédito a uma teoria que precisa ser respaldada em mentiras para se manter de pé?

Vamos a mais uma conhecida fraude, o Homem de Piltdown, que foi alardeado como um ancestral, ou elo entre homens e macacos com a reivindicação de que esse “hominídeo” seria um intermediário de 500.000 anos de idade.
O Jornal New York Times publica o seguinte artigo:
“Teoria de Darwin prova-se verdadeira.”
Depois de praticamente 40 anos exposto no museu britânico e 90 teses de doutorado dos eruditos ateus, em 1953 a fraude veio à tona. Para resumir, em 1912 uma gangue de fraudulentos, querendo ganhar notoriedade e explorando a crendice de uma sociedade apóstata que queria acreditar na evolução de qualquer jeito, inventou um homem macaco chamado Piltdown. Os “cientistas” juntaram um pedaço de crânio humano[i] com a mandíbula de um macaco. Os dentes foram lixados e tudo tratado com substâncias químicas[ii] para parecer objeto fossilizado, e aí temos uma fraude de quase passou despercebida.

Vamos agora a mais um famoso hominídeo, o Homem de Nebraska.
Em 1922 a evidência fóssil foi descoberta, logo foi usado para apoiar a evolução em 1925, onde seria feita a reivindicação de que o homem de Nebraska seria um Elo entre homem e macaco de 1 milhão de anos.
O que aconteceu, na verdade, foi o seguinte: de um dente, montaram a mandíbula; da mandíbula, montaram o crânio; do crânio, montaram o esqueleto; do esqueleto, fizeram pele, cabelo e até a sua namorada ou esposa (agachada no desenho). Fizeram a famosa exposição sobre a evolução em Dayton, Tennessee, chamada de Scopes Trial, foi nela que o Homem de Nebraska foi apresentado como prova incontestável da evolução. Quando William Jennings Bryan protestou contra os argumentos apresentados e pela insuficiência, riram-se dele ridicularizando-o. Em 1927 descobriram a fraude: o dente era de um porco selvagem da America do Sul chamado Peccary.
E para encerrarmos a primeira parte de nossa matéria sobre as fraudes evolucionistas vamos falar sobre o Ramapithecus, que foi alardeado também como um dos mais primitivos ancestrais do homem, datado como um intermediário de 14 milhões de anos entre macacos e humanos.

Em 1930 foi encontrado um maxilar dividido em duas partes, que posteriormente seria emendado propositalmente na forma de parábola, forma que caracteriza a estrutura do maxilar humano, como vemos na figura. Pela maneira que o maxilar foi encaixado, imediatamente via-se um ancestral entre o homem e macaco, uma vez que, o maxilar de um macaco tem a forma de “U” e não de parábola como mostra a figura, com isso acreditava-se que o Ramapithecus realmente seria um ancestral, um elo perdido entre os homens e os macacos. A notícia foi tão bombástica que a revista Time publicou:
“Ramapithecus é estruturado para ser um antepassado ideal de hominídeo. Se ele não for, nós não temos qualquer outra coisa que é.”[iii]



O interessante é que desde 1970 foi descoberto um babuíno que vive na Etiópia com mesma estrutura dental, características morfológicas semelhantes achadas no Ramapithecus, e só posteriormente em 1977, pouco depois da publicação da revista Time citada, a montagem errada do maxilar foi descoberta, o que tornou o Ramapithecus 100% macaco, o excluindo de vez da linhagem humana.
Vimos nesses quatro exemplos como a teoria da evolução tem usado de má fé, para endossar a sua tese, é lamentável que muitas dessas fraudes ainda sejam publicadas em livros didáticos, colocadas como evidências da evolução, prejudicando assim a boa ciência, que busca a verdade. Portando convido a todos a fazerem sempre uma análise crítica dessas evidências, e do interesse que há por trás das mesmas. Logo em breve estarei publicando mais algumas das fraudes, que não sou poucas, da galeria evolucionista.
_____________________________
[i] Datado posteriormente como tendo apenas 650 anos.
[ii] Bicromato de potássio e sal de ferro.
[iii] TIME. 7 de novembro de 1977.

Fonte: https://darwinismo.wordpress.com


Sistema Solar foi projetado para abrigar vida

São 400 bilhões de estrelas que integram a Via Láctea, e o Sol - e o Sistema Solar - está em posição privilegiada em relação à maioria delas. O ponto onde o Sol está localizado é uma região propícia para o desenvolvimento da vida, uma vez que não cruza os braços espirais da galáxia. A descoberta é resultado do trabalho de cientistas brasileiros, liderados por Jacques Lépine, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. O artigo científico que explica o estudo foi publicado na revista especializada Astrophysical Journal. A nossa galáxia funciona de forma semelhante ao Sistema Solar, dadas as devidas proporções de magnitude, é claro. Se organiza em forma de um disco achatado com um centro gravitacional em torno do qual estrelas e nuvens de gás giram - no Sistema Solar, são planetas orbitando o Sol. Além de estrelas e gases, contudo, a Via Láctea tem ainda os tais dois principais braços espirais da Via Láctea, Sagittaruis e Perseus, que são estruturas de matéria mais brilhantes de estrelas jovens e luminosas. Pelo que se sabe, as condições nesses braços seriam improváveis para o surgimento [sic] de vida. “Sempre se especulou sobre o que acontecia cada vez que o Sol atravessa os braços, e se pensava que isso acontecia periodicamente, por exemplo a cada 150 milhões de anos”, relata o professor Jacques Lépine. “Mas, de acordo com os nossos cálculos, isso não acontece nunca.”

O que Lépine e sua equipe descobriram é que o Sol jamais cruza tais braços espirais. Especula-se que, caso houve esse encontro entre nosso sistema e os braços espirais, poderia haver extinções em massa na Terra.

Os cálculos desenvolvidos no trabalho garantem que nossa estrela se movimenta pela galáxia com a mesma velocidade que Sagittarius e Perseus. Ou seja, orbitando todos no mesmo ritmo não há risco de se atravessarem - levam aproximadamente 200 milhões de anos para dar uma volta galáctica. E isso só acontece porque o Sol está localizado em uma faixa específica da Via Láctea: é a velocidade característica das estrelas a aproximadamente 26.000 anos-luz do centro da galáxia. “No entanto, até agora, não foi proposto nenhum mecanismo específico para a origem do braço local [estrelas na mesma posição que o Sol]. Esse peculiar comportamento do Sol poderia ter inúmeras consequências para a nossa compreensão da cinemática local das estrelas, a Zona Habitacional Galáctica e a evolução do Sistema Solar”, afirma o estudo.

(Vix)

Nota: A verdade é que o Universo, nossa galáxia, o sistema solar e a Terra (confira) foram projetados para nos receber, tamanhas são as “coincidências” necessárias para que a matéria e a vida existam. A grande pergunta: Por que existe tudo, ao invés de nada?” continua sem resposta, do ponto de vista naturalista. As probabilidades de que tudo desandasse (se é que alguma vez acontecesse) são tão altas que a origem do universo e da vida estão na categoria dos milagres. Pena que muitos cientistas continuem rejeitando o óbvio e ensinando multidões a dar as costas para esse óbvio. [MB]



Fonte: Criacionismo.com.br


Milhões de anos?


Artefatos e vestígios humanos contradizem a escala de tempo evolucionista

Antes de começarmos a listar alguns dos artefatos mais intrigantes do mundo – e possivelmente mais embaraçosos para a cronologia evolucionista (você decidirá no fim da leitura) –, vamos ao conceito de artefato. Em arqueologia, artefato é qualquer objeto feito ou modificado por um ser humano em uma cultura arqueológica, que dê evidência da atividade e da vida do homem num passado remoto. Exemplos de artefatos podem incluir ferramentas de pedra, ruínas de construções, documentos, monumentos, instrumentos talhados em pedra, cerâmica, entre outros.

Em 22 de junho de 1844, o jornal London Times publicou uma notícia curiosa: “Poucos dias atrás, enquanto alguns operários trabalhavam para extrair uma rocha próximo ao Tweed, a cerca de 400 metros abaixo do moinho de Rutherford, descobriram um cordão de ouro incrustado na pedra a uma profundidade de 2,4 metros.”[1:p. 152] Posteriormente, em 1985, um pesquisador do Instituto Britânico de Pesquisas Geológicas garantiu que a pedra é da era do Carbonífero Primitivo, que se acredita ter entre 320 e 360 milhões de anos, segundo a cronologia evolucionista. O que esse cordão fazia lá?


Em 5 de junho de 1852, a revista Scientific American noticiou o achado de uma tigela de metal com belos detalhes em prata, incrustada em uma rocha em Meeting House Hill, em Dorchester.[1:p. 153; 2] O que a tigela de metal estaria fazendo dentro da pedra? Segundo levantamento geológico recente, o pedaço de rocha, hoje chamado Conglomerado de Roxburry, tem idade pré-cambriana (entre 570 e 593 milhões de anos). Basta dizer que, segundo os evolucionistas, os primeiros hominídeos surgiram há apenas cerca de 7 milhões de anos atrás do tempo presente. Tanto a tigela de Dorchester quanto o colar de ouro indicam que a cronologia evolucionista atual tem falhas e que deve ter havido alguma catástrofe aquática para prender esses artefatos na lama que, posteriormente, se tornou rocha.

Em 1862, o periódico científico The Geologist documentou um esqueleto humano desenterrado de uma profundidade de 27 metros, no estado de Illinois.[3] Mais de 60 centímetros de ardósia inteira cobriam diretamente o esqueleto. Novamente, um geólogo oficial lidou com o caso. Ele datou as camadas geológicas e concluiu que o esqueleto tinha 300 milhões de anos de idade.

Em 1885, quando um trabalhador de uma fundição de ferro na Áustria estava quebrando blocos de carvão na aldeia de Wolfsegg, ele encontrou um objeto cúbico de ferro, embora um pouco deformado. O Ferro de Wolfsegg (ou Cubo Salzburgo) é um pequeno pedaço de ferro encontrado em um bloco de rocha sedimentar lignite, considerado do depósito terciário (cerca de supostos 65 milhões de anos). Um artigo publicado na revista científica Nature descreve o objeto como “quase um cubo”, “com uma profunda incisão”.[4:p. 36] Outra publicação sobre o objeto foi feita na revista científica francesa L’Astronomie.[5:p. 114] O objeto tem 67 mm de altura, 67 mm de largura e 47 mm na parte mais grossa (espessura). Pesa 785 gramas e sua gravidade específica é de 7,75.



O Ferro de Wolfsegg foi examinado em 1966 no Museu de História Natural de Viena. A opinião final do Dr. Kurat, do Museu, e do Geologisches Bundesanstalt, de Viena, é de que o objeto é de ferro fundido e simplesmente artificial. Poderia ser que esses objetos de ferro fossem utilizados como lastro para operar máquinas primitivas. No entanto, não há nenhuma evidência de que esses blocos de ferro tenham sido fabricados para a mineração, e apenas um foi encontrado, o que depõe contra essa ideia.

Em 1901, um grupo de mergulhadores que apanhavam esponjas próximo à ilha de Anticítera, na Grécia, encontrou um instrumento utilizado para cálculos astronômicos, para uso na navegação, construído por volta do século 2 a.C. As peças foram retiradas de um naufrágio a 42 metros de profundidade. A data estimada do naufrágio é 65 a.C. Esse objeto chamado “mecanismo de Anticítera” é tão complexo que pode ser considerado precursor dos atuais computadores. Segundo o estudo, o Mecanismo de Anticítera, resultado da engenhosidade dos gregos antigos, era mais sofisticado tecnologicamente do que qualquer outro mecanismo inventado por qualquer outra civilização pelo menos nos mil anos seguintes. Um ponto interessante é o fato de o engenho estar “embutido em uma rocha”, e que ela foi previamente analisada com raio X para se saber o que estava em seu interior – uma clara admissão de que a formação de rochas não demora “milhões de anos”.[6]


O dispositivo, um engenhoso arranjo com pelo menos 30 engrenagens de alta precisão, todas feitas de bronze, era capaz de calcular movimentos astronômicos com precisão notável, maior do que se supunha até pouco tempo atrás. O computador mecânico permitia acompanhar os movimentos da Lua – inclusive recriando sua órbita irregular –, do Sol, de alguns planetas e até prever eclipses. Os resultados da pesquisa estão na edição de 30 de novembro de 2006 da revista Nature, e foram comentados em uma conferência em Atenas, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro do mesmo ano.[7] O grupo, liderado por Mike Edmunds e Tony Freeth, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, empregou tecnologias de imagem e de tomografia em raio X de alta resolução para estudar os fragmentos remanescentes do mecanismo.

Em 1912, foi descoberta na Pensilvânia, em uma Usina Elétrica Municipal de Sulphur City, Oklahoma, uma panela de ferro fundido dentro de um grande pedaço de carvão. Essa panela hoje está exposta no Creation Evidence Museum, em Glen Rose, Texas.

Em 1971, um artigo publicado na CRS Quarterly analisou essa panela e relatou que o carvão, no qual ela estava, tinha sido extraído em Wilburton, Oklahoma.[8] O artigo informa que o artefato é certificado e documentado. Nesse caso, há uma carta autenticada, escrita de próprio punho por quem descobriu o objeto, documentando a autenticidade da descoberta.

Entre 1934 e 1936, Max Hahn e sua esposa, Emma, estavam em uma caminhada próximo à margem do rio Red Creek, na cidade de Londres, no estado do Texas (EUA), quando perceberam uma pedra com madeira saindo de seu interior. Eles decidiram levar a rocha calcária para casa e mais tarde a quebraram com um martelo e um formão. Eles encontraram dentro o que parecia um martelo primitivo. Eles entregaram a descoberta nas mãos de uma equipe de arqueólogos, que dataram a rocha do Período Ordoviciano (500 a 440 milhões de anos), muito mais antigo que o primeiro registo de civilização humana na Terra.[9] Além disso, algo curioso é que parte do cabo do martelo já estava se transformando em carvão.



Análise do Batelle Memorial Laboratory, em Columbus, Olhio (EUA), mostra um resultado intrigante. A cabeça do martelo é feita de mais de 96% de ferro, 0,74% de enxofre e 2,6% de cloro, indicando que o objeto não enferruja e é muito mais puro do que qualquer coisa que a natureza poderia ter conseguido sem a interferência de tecnologia moderna.[9] Sabe-se que nas condições atmosféricas de hoje não é possível combinar ferro com cloro, então se conclui que esse martelo foi forjado em um período em que as condições atmosféricas eram diferentes (a pressão atmosférica antediluviana era possivelmente cerca de seis vezes maior que a de hoje), tornando possível a criação do artefato. Esse martelo hoje está exposto no Creation Evidence Museum, em Glen Rose, Texas.

Embora reconheçam que a concreção de pedra é real, muitos céticos posteriormente alegaram ser um martelo de mineiro do século 18 ou 19. Entretanto, mesmo que esse martelo fosse recente, ainda assim seria constrangedor para a teoria da evolução explicar a formação rápida de rocha em volta de objetos. Se os minerais dissolvidos de estratos antigos podem endurecer em torno de um objeto recente, como afirmado em 1985 pelo investigador John Cole, do NCSE, logo, isso corroboraria a hipótese criacionista sobre a formação rápida de camadas sedimentares (tais como alguns estratos da coluna geológica), em poucas dezenas de anos ou até menos, como no período do dilúvio.[10]

Em 1994, foi publicado na revista Creation a descoberta de chaves de carro incrustadas em uma formação rochosa do sandstone, na costa pacífica dos Estados Unidos.[11] A peça, contendo as chaves, foi encontrada na costa de Oregon. Ela foi entregue ao professor Richard Niessen, na Califórnia, e agora as chaves são exibidas no Museu de Criação e História da Terra, que pertenceu ao Institute for Creation Research (ICR), em San Diego. Acredita-se que as chaves, unidas a uma corrente de plástico, pertençam a um automóvel do início da década de 1960. O curador do museu do ICR, John Rajca, diz que as teclas incrustadas de rochas mostram que a ideia comumente aceita de formação lenta de rochas está claramente errada nesse caso. A rocha que envolvia as chaves teve que endurecer rapidamente. Portanto, a formação de rocha não é necessariamente um processo lento de milhões de anos.


Em 19 de janeiro de 2013, A Voz da Rússia, um serviço internacional de radiodifusão russa, relatou que, ao acender fogo na chaminé, um habitante de Vladivostok descobriu uma cremalheira de metal presa em carvão.[12] O homem entregou o achado extraordinário a cientistas da cidade. Após uma análise minuciosa, os pesquisadores concluíram que o carvão em que foi achada a peça extraordinária tem uma idade de 300 milhões de anos. Por isso os cientistas concluíram que a peça metálica deve ter a mesma idade e foi fabricada por um ser vivo.

Quando pesquisadores quebraram com cuidado o fragmento de carvão, descobriram uma peça, que lembra uma moderna roda dentada, de sete centímetros de comprimento, feita de uma liga de alumínio (98%) e magnésio (2%). O alumínio puro é muito raro na natureza e foi feita uma suposição de que a peça tenha origem artificial. Ao mesmo tempo, a liga não ordinária permitiu explicar o bom estado de conservação do artefato. O alumínio puro produz uma película resistente de óxidos na superfície, o que impede a corrosão. Em resultado, a liga com o teor de alumínio de 98% resiste a altas pressões, temperaturas extremas e a um meio ambiente agressivo.



Diante desses artefatos, muitos veículos de divulgação têm levantado a possibilidade de que civilizações avançadas teriam povoado a Terra em um passado remoto, uma vez que existem muitas evidências que apontam para essa direção. Mas a questão mais importante é quem habitou a Terra naquela época. Raças extraterrestres? Viajantes do tempo? Ou apenas seres humanos mais avançados que os de hoje?

Se os pesquisadores conseguissem visualizar as evidências a partir da ótica criacionista, não precisariam fantasiar que “civilizações extraterrestres teriam rondado nosso planeta”. Na verdade, civilizações muito avançadas (intelectualmente) viveram em nosso planeta há não muito tempo. Isso poderia explicar o fato de terem sido encontrados esses artefatos de metal em rochas datadas de supostos milhões de anos. Com o achado na mão, parece que os pesquisadores podem chegar a apenas três conclusões: (1) os métodos de datação estão errados e a rocha pode ser recente, (2) alienígenas inteligentes fabricaram esses artefatos há milhões de anos, ou (3) havia seres humanos inteligentes e tecnológicos no passado remoto da Terra. Em relação a esta última hipótese, os diversos artefatos (tigela, panela, martelo, etc.) poderiam ser fortes evidências da veracidade do relato a respeito de Tubalcaim, em Gênesis 4:22, que forjou metais antes do dilúvio. Porém, tudo indica que os pesquisadores preferem optar pela alternativa 2, por mais inverossímil que seja.

Nota: Texto extraído do livro Revisitando as Origens, de autoria do mestre em Ciências Everton Fernando Alves.

Como citar:
ALVES, Everton Fernando; BORGES, Michelson. Artefatos e vestígios humanos em conflito com os “milhões de anos”. In:________. Revisitando as Origens. Maringá: Editorial NumarSCB, 2018, p.191-200.

Referências:
1.    Cremo MA, Thompson RL. A História secreta da raça humana. São Paulo: Aleph, 2004, p.152-153.
2.    A Relic of a By-Gone Age. Scientific American 1852; 7(38):298.
3.    Fossil man. The Geologist. 1862; 5:470.
4.    Nature. 1886; 35(889):34-37.
5.    Uranolithe fossile. L’Astronomie (in French). 1888; 10(7):114. Disponível em: https://archive.org/stream/lastronomie02flamgoog#page/n129/mode/1up
6.    Scientists unlock mystery of 2,000-year-old computer. CBC News, (30/11/2006). Disonível em: http://www.cbc.ca/news/technology/scientists-unlock-mystery-of-2-000-year-old-computer-1.590991
7.    Freeth T, et al. Decoding the ancient Greek astronomical calculator known as the Antikythera Mechanism. Nature. 2006; 444:587-591.
8.    Rusch WR. Human Footprints in Rocks. Creation Research Society Quarterly 1971; 7(4):201-213.
9.    Mackay J. Pre-Flood Hammer Update. Creation Ex Nihilo 1985; 8(1).
10.    Cole, John R. 1985. If I Had a Hammer. Creation/Evolution. 5(1):47-56.
11.    Keys to rapid rock formation. Creation. 1994;17(1):45.
12.    Zamanskaya Y. 300-million-year-old UFO tooth-wheel found in Russian city of Vladivostok. The Voice of Russia (19/01/2013). Disponível em: https://sputniknews.com/voiceofrussia/2013_01_19/300-million-year-old-UFO-tooth-wheel-found-in-Russian-city-of-Vladivostok/


Fonte: Criacionismo.com.br


Não sabem de onde viemos, mas querem que acreditemos neles


Fósseis encontrados na Grécia e na Bulgária de uma criatura parecida com um símio que viveu há [supostos] 7,2 milhões de anos podem ter alterado de forma fundamental nossa compreensão sobre a origem humana, lançando dúvidas sobre o fato [?] de a linhagem evolutiva que conduziu até nós ter surgido em África. Segundo uma equipe internacional de cientistas, a criatura, com o nome científico Graecopithecus freybergi e de que se tem apenas uma mandíbula inferior e um dente isolado, pode ser o membro mais antigo conhecido da linhagem humana iniciada depois de ter ocorrido a separação evolutiva da linhagem que levou aos chimpanzés, os nossos parentes mais próximos [sic]. A mandíbula, que tem dentes, foi desenterrada em 1944, perto de Atenas. E o dente isolado, um pré-molar, foi encontrado no Sul da Bulgária, em 2009 [!]. Os investigadores examinaram os ossos com tecnologias sofisticadas, incluindo tomografia computorizada, e determinaram sua idade através da datação das rochas sedimentares onde os fósseis foram encontrados [portanto, a data é das rochas, não dos fósseis].

E descobriram, segundo o trabalho que foi publicado em dois artigos nesta semana na revista Plos One, que o desenvolvimento da raiz dos dentes tinha características humanas que não se observam nos chimpanzés e nos seus antepassados, o que coloca o Graecopithecus dentro da linhagem humana, conhecida como hominídeos. Até agora, o hominídeo mais antigo conhecido era o Sahelanthropus, que viveu entre [supostos] seis e sete milhões de anos atrás no Chade.

Há muito tempo que o consenso científico [sempre o “consenso científico”...] aponta que os hominídeos tenham tido origem na África. Tendo em conta que o Graecopithecus é dos Balcãs, a região Leste do Mediterrâneo pode ter, assim, dado origem à linhagem humana, diz a equipe de pesquisadores, coordenada por Madelaine Böhme (da Universidade de Tubingem, na Alemanha) e Nikolai Spassov (da Academia Búlgara de Ciências).

A descoberta de forma alguma põe em cheque que nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu primeiro na África há cerca de 200 mil anos [segundo a cronologia evolucionista] e depois migrou para outras partes do mundo, sublinha a equipe [ainda tentam salvar a hipótese]. “Nossa espécie evoluiu na África. Nossa linhagem é que pode ter sido assim”, disse a paleoantropóloga Madelaine Böhme, acrescentando que essa descoberta “pode alterar radicalmente nossa compreensão da origem dos primeiros hominídeos”.

O Homo sapiens é apenas o último de uma longa linha evolutiva dos hominídeos, que começou majoritariamente com espécies parecidas com símios [portanto, macacos, por mais que os evolucionistas insistam que não ensinam que viemos dos macacos], seguidas de uma sucessão de espécies que adquiriram cada vez mais traços humanos ao longo do tempo. [Essa é a historinha.]

O paleoantropólogo David Begun, da Universidade de Toronto (Canadá) e também da equipe, considera que a possibilidade de a separação evolutiva entre a linhagem que levou aos humanos e a linhagem que levou aos chimpanzés ter ocorrido fora da África não é incongruente com o aparecimento posterior ali de espécies de hominídeos. “Sabemos que muitos mamíferos da África tiveram, na realidade, origem na Eurásia e dispersaram-se para a África na época em que viveu o Graecopithecus”, disse David Begun. “Por que não também o Graecopithecus?”

A espécie Graecopithecus é misteriosa porque seus fósseis são muito parcos [na verdade, é quase sempre assim, veja o caso da Lucy, por exemplo]. Era sensivelmente do tamanho de uma fêmea chimpanzé e vivia em um ambiente de floresta e pastagem relativamente seco, semelhante à savana africana atual, ao lado de antílopes, girafas, rinocerontes, elefantes, hienas e javalis.

(Público)

Nota 1: Mais uma vez um achado lança dúvidas sobre algo que, na mídia popular e nos livros didáticos, sempre é apresentado como certeza: a origem da humanidade. Isso deixa evidente, mais uma vez, que o assunto está longe de ser resolvido. Note, também, que se trata de outro achado com evidências mínimas: uma mandíbula inferior e um dente (encontrados em lugares diferentes), mas, mesmo assim, os pesquisadores elaboram toda uma história com base nesses poucos ossos e conseguem reconstituir todo o cenário onde essas criaturas teriam vivido. Isso é impressionante! O fato é que a humanidade “surgiu” no Éden (com um casal plenamente humano) e, depois, se dispersou a partir da Ásia (Ararate), após o dilúvio. E há evidências disso (confira).

Nota 2: Quanto ao tal “consenso científico”, veja o que está escrito no prefácio do ótimo livro Manual Politicamente Incorreto da Ciência, de Tom Bethell: “O truque básico usado atualmente é simples em sua descrição, sofisticado em sua execução extremamente efetivo em seus resultados: trata-se de vender a ideia de que consenso é sinônimo de verdade científica. Ou seja, se todos (ou quase todos) os cientistas apoiam ou aprovam uma determinada teoria, ela é verdadeira. Essa ideia falsa e é o exato oposto da ciência, ramo da atividade humana em que um único indivíduo pode estar certo e toda a sua comunidade, errada. Aliás, a ciência só progride verdadeiramente por saltos, que se dão quando certo endivido, contra todos e contra suas próprias concepções, descobre um fenômeno ou situação que demanda uma nova teoria, um novo conjunto de concepções, uma visão diferente (às vezes completamente) de todo o seu campo de estudos. Mas para a grande mídia, se todos os cientistas (não todos, mas todos aqueles que estão dispostos a manipular a mídia) concordam com algo, isto é então verdade científica imutável” (p. 8).


Fonte: Criacionismo.com.br


Novo olhar sobre a visão – mais complexidade



Os resultados de uma pesquisa com neurônios localizados na retina, parte dos olhos que capta a luz, surpreenderam cientistas de instituições inglesas e norte-americanas. Experimentos com ratos mostraram que essas células, conhecidas até então apenas por seu papel em processos subconscientes, possuem a capacidade de transmitir informação visual ao cérebro. Portanto, desempenham importante papel na visão. A função dessas células nervosas está relacionada à sua habilidade de produzir uma proteína sensível à luz conhecida como melanopsina. Apenas 1% dos neurônios localizados na retina é capaz de fazer isso. No campo dos estudos sobre a visão, somente dois tipos de células fotossensíveis haviam sido identificados na retina de mamíferos: os cones e os bastonetes. Na presença de luz, essas células transmitem ao cérebro informações sobre forma, movimento e cor.

A descoberta de uma função visual em outras células da retina pode auxiliar em futuros tratamentos de determinados tipos de cegueira. “Podemos desenvolver tratamentos nos quais a melanopsina contribua ainda mais para a visão de pessoas com problemas na retina”, afirma Timothy Brown, neurocientista da Universidade de Manchester (Inglaterra) e autor principal do estudo publicado no periódico PLoS Biology, em entrevista à CH On-line.

O pesquisador adverte, no entanto, que a proteína pode fornecer, mesmo em ambientes bem iluminados, uma visão de baixa qualidade. “Talvez o suficiente para evitar grandes obstáculos, mas não para ler ou ver televisão”, diz Brown.

Brown e seus colegas analisaram ratos sem cones e bastonetes nos olhos e observaram que, embora fossem tecnicamente cegos, os animais ainda apresentavam atividade elétrica no córtex visual do cérebro, quando expostos à luz. “Utilizamos microeletrodos para monitorar mudanças provocadas por luzes de diferentes brilhos na atividade elétrica de áreas visuais do cérebro dos ratos”, explica o neurocientista.

Quando o experimento foi feito em ratos sem melanopsina, os pesquisadores perceberam que o sistema visual dos animais era incapaz de distinguir entre a intensidade de luz correspondente a um dia nublado ou um a dia ensolarado.

Além de auxiliar em novos tratamentos, a melhor compreensão da função dessas células nervosas poderia ser aplicada ao aperfeiçoamento da iluminação artificial, dos monitores de televisão e dos computadores. “A iluminação tradicional e os computadores são enxergados por meio da projeção realizada pelos cones e bastonetes”, explica Brown. “O uso de uma luz em torno da faixa de comprimento de onda média em que a melanopsina é mais sensível pode melhorar a experiência subjetiva de brilho”, completa.

Antes da descoberta, acreditava-se que o trabalho dos neurônios estudados se limitava ao envio de informações sobre a luz detectada no ambiente para o subconsciente. Essas informações serviriam, por exemplo, para mensurar o brilho e regular o tamanho das pupilas e o relógio biológico para os ciclos diurnos e noturnos.

(Ciência Hoje)

Nota: A maquinaria humana nunca deixa de surpreender os cientistas. Para conhecer mais a fundo a bioquímica da visão, recomendo a leitura do best-seller A Caixa Preta de Darwin, de Michael Behe. Behe descreve alguns sistemas de complexidade irredutível, entre os quais o olho humano. Já é difícil explicar como podem ter surgido ao mesmo tempo a pupila e seus micromúsculos, a retina e suas células especializadas, o nervo ótico, com sua capacidade de transmitir informação, e os neurônios especializados, com a capacidade de interpretar e decodificar a informação visual. Agora imagine explicar a complexidade específica da visão em nível bioquímico, no qual a palavra “evolução” (no contexto darwiniano) nem faz sentido... E quer “piorar” as coisas? De alto a baixo do registro fóssil, os animais sempre têm dois olhos. Milagre duplo![MB]


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Por que o darwinismo é falso (parte 1 de 3)


Jerry A. Coyne é professor no Departamento de Ecologia e Evolução na Universidade de Chicago. Em seu livro Why Evolution is True [Por que a Evolução é Verdadeira], ele resume assim o darwinismo – a teoria moderna da evolução: “A vida na Terra evoluiu gradualmente com uma espécie primitiva – talvez uma molécula autorreplicante – que viveu há mais de 3,5 bilhões de anos; e depois se ramificou ao longo do tempo, lançando muitas e novas espécies diversas; e o mecanismo para a maior parte da (mas não toda) mudança evolucionária é a seleção natural.”[1]

Coyne explica mais adiante que a evolução “simplesmente significa que uma espécie sofre mudança genética ao longo do tempo. Isto é, ao longo de muitas gerações, uma espécie pode evoluir em algo bem diferente, e essas diferenças são baseadas em mudanças no DNA, que se originam como mutações. As espécies de animais e plantas vivendo hoje não estavam por aqui no passado, mas descendem daquelas que viveram muito antes”.[2]

Segundo Coyne, contudo, “se a evolução significasse somente mudança genética gradual dentro de uma espécie, hoje nós teríamos somente uma espécie – um único descendente altamente evoluído da primeira espécie. Mas temos muitas espécies… Como que essa diversidade surgiu de uma forma ancestral?” Ela surge por causa da “divisão, ou, mais exatamente, da especiação”, que “simplesmente significa a evolução de grupos diferentes que não podem cruzar entre si”.[3]

Se a teoria darwinista fosse verdadeira, “nós deveríamos ser capazes de encontrar alguns casos de especiação no registro fóssil, com uma linhagem de descendência se dividindo em duas ou mais. E nós deveríamos ser capazes de encontrar novas espécies se formando na natureza”. Além disso, “deveríamos ser capazes de encontrar exemplos de espécies que se conectariam com os principais grupos suspeitos de terem uma ancestralidade comum, como as aves com os répteis, e os peixes com os anfíbios”. Finalmente, existem fatos que “fazem sentido somente à luz da teoria da evolução”, mas não fazem sentido à luz da criação ou do design. Isso inclui “os padrões de distribuição das espécies sobre a superfície da Terra, as peculiaridades de como os organismos se desenvolvem de embriões, e a existência de características vestigiais que não são de nenhum uso aparente”. Coyne conclui sua introdução com a afirmação ousada de que “toda a evidência – tanto velha quanto nova – resulta inelutavelmente na conclusão de que a evolução é verdadeira”.[4]

Claro, a “evolução” é inegavelmente verdadeira se ela simplesmente significar que as espécies existentes podem mudar de modos pequenos ao longo do tempo, ou que muitas espécies vivendo hoje não existiram no passado. Mas a asserção de Darwin de que todas as espécies são descendentes modificados de um ancestral comum, e a asserção de Coyne de que as mutações do DNA e a seleção natural produziram essas modificações, não são assim tão inegavelmente verdadeiras. Coyne devota o resto do seu livro a fornecer evidências para elas.

Fósseis

Coyne se volta primeiro para o registro fóssil. “Devemos ser capazes”, ele escreveu, “de encontrar alguma evidência para a mudança evolucionária no registro fóssil. As camadas rochosas mais profundas (e mais antigas) conteriam os fósseis de espécies mais primitivas, e alguns fósseis deveriam se tornar mais complexos à medida que as camadas rochosas se tornam mais jovens, com os organismos parecendo as atuais espécies encontradas nas camadas mais recentes. E nós devemos ser capazes de ver algumas espécies mudando ao longo do tempo, formando linhagens de ‘descendência com modificação’ (adaptação).” Em particular, “as espécies posteriores devem ter traços que as tornam parecidas com os descendentes de espécies mais antigas”.[5]

Em seu livro A Origem das espécies, Charles Darwin reconheceu que o registro fóssil apresentava dificuldades para sua teoria. “Pela teoria da seleção natural”, ele escreveu, “todas as espécies vivas foram conectadas com as espécies progenitoras de cada gênero, por diferenças não maiores do que as que nós vemos entre as variedades naturais e domésticas das mesmas espécies no presente dia.” Assim, no passado, “o número de elos intermediários e transicionais, entre todas as espécies vivas e extintas, deve ser inconcebivelmente grande”. Mas Darwin sabia que os principais grupos de animais – que os biólogos modernos chamam de “filo” – apareceram plenamente formados no que eram na ocasião as mais antigas rochas fossilíferas conhecidas, depositados durante um período geológico conhecido como o Cambriano. Ele considerava isso uma dificuldade “séria” para sua teoria, pois “se a teoria for verdadeira, é incontestável que antes de o estrato inferior do Cambriano ser depositado decorreram longos períodos… e que durante esses vastos períodos o mundo foi enxameado com criaturas vivas”. E quanto “à pergunta de por que não achamos ricos depósitos fossilíferos pertencentes a esses períodos tidos como mais antigos anteriores ao sistema Cambriano, eu não posso dar nenhuma resposta satisfatória”. Desse modo, “o caso no presente momento deve permanecer inexplicável; e pode ser verdadeiramente levantado como um argumento válido contra os pontos de vista aqui considerados”.[6]

Darwin defendeu sua teoria citando a imperfeição do registro geológico. Em particular, ele argumentou que os fósseis pré-cambrianos teriam sido destruídos pelo calor, pressão e erosão. Alguns dos seguidores modernos de Darwin têm argumentado dessa maneira que os fósseis pré-cambrianos existiram, mas foram destruídos mais tarde, ou que os organismos pré-cambrianos eram pequenos demais ou moles demais para serem fossilizados em primeiro lugar. Todavia, desde 1859, os paleontólogos têm descoberto muitos fósseis pré-cambrianos, muitos deles microscópicos ou de corpo mole. Como o paleontólogo Americano William Schopf escreveu em 1994, “a noção há muito tempo defendida de que os organismos pré-cambrianos deveriam ter sido pequenos demais ou delicados demais para terem sidos preservados em materiais geológicos… [é] agora reconhecida como incorreta”. Se isso significar alguma coisa, o surgimento abrupto dos principais filos de animais há cerca de 540 milhões de anos – que os biólogos modernos chamam de “Explosão Cambriana” ou o “Big Bang da biologia” – é muito mais bem documentado agora do que no tempo de Darwin. De acordo com o paleontólogo de Berkeley, James Valentine, e seus colegas, a “explosão é real, ela é grande demais para ser mascarada por falhas no registro fóssil”. Na verdade, quanto mais fósseis são descobertos, se torna claro que a explosão cambriana foi “ainda mais abrupta e extensiva do que antes imaginado”.[7]

E o que o livro de Coyne tem a dizer sobre isso?

“Cerca de 600 milhões de anos atrás”, Coyne escreveu, “toda uma gama de organismos relativamente simples, mas multicelulares, surgiu, inclusive minhocas, medusas e esponjas. Esses grupos se diversificaram ao longo dos milhões de anos seguintes, com as plantas terrestres e os tetrápodes (animais de quatro patas, os mais antigos deles foram os peixes com nadadeiras lobadas) surgindo cerca de 400 milhões de anos atrás.”[8]

Em outras palavras, o relato de Coyne da história evolucionária salta de 600 para 400 milhões de anos atrás, sem mencionar a explosão cambriana de 540 milhões de anos. Nesse sentido, o livro de Coyne é como um livro-texto moderno de Biologia que foi escrito para doutrinar os estudantes na evolução darwinista, em lugar de lhes fornecer os fatos.

Coyne prossegue discutindo diversas formas “transicionais”. “Um de nossos melhores exemplos de uma transição evolucionária”, ele escreveu, é o registro fóssil das baleias, “pois temos uma série de fósseis cronologicamente ordenada, talvez uma linhagem de ancestrais e descendentes, mostrando seu movimento da terra para a água.”[9]

“A sequência começa”, Coyne escreveu, “com um fóssil recentemente descoberto de um parente próximo das baleias, um animal do tamanho de um guaxinim chamado Indohyus. Vivendo há 48 milhões de anos, o Indohyus foi… provavelmente muito próximo do que parecia o ancestral da baleia.” No parágrafo seguinte, Coyne escreveu: “O Indohyus não foi o ancestral da baleia, mas quase com certeza foi seu primo. Mas se recuarmos mais quatro milhões de anos, para 52 milhões de anos atrás, vemos o que pode muito bem ser aquele ancestral. É um crânio fóssil de uma criatura do tamanho de um lobo chamada Pakicetus, que se parece muito mais com uma baleia do que o Indohyus.” Na página que separa esses dois parágrafos, há uma figura intitulada “Formas transicionais na evolução das baleias modernas”, que mostra o Indohyus como o primeiro da série e o Pakicetus como o segundo.[10]

Mas o Pakicetus – como Coyne acabou de nos dizer – é quatro milhões de anos mais velho do que o Indohyus. Para um darwinista, isso não importa: Pakicetus é “muito mais parecido com uma baleia” do que o Indohyus, por isso deve ficar entre o Indohyus e as baleias modernas, apesar da evidência fóssil.

(Coyne usa o mesmo truque com os fosseis que, supostamente, são ancestrais das aves modernas. O Archaeopteryx, o ícone dos livros didáticos, com suas asas com penas como uma ave moderna, mas dentes e cauda como os de um réptil, é datado em 145 milhões de anos. Mas o que Coyne chama de “fósseis de dinossauros não voadores com penas” – que deveriam ter vindo antes do Archaeopteryx – são milhões de anos mais novos. Como os cientistas darwinistas Kevin Padian e Luis Chiappe oneze anos antes, Coyne simplesmente reorganiza a evidência para encaixar a teoria darwinista.)[11]

Chega da predição de Coyne que “as espécies posteriores deveriam ter características que as fizessem parecer com os descendentes de espécies anteriores”. E chega também com o seu argumento de que “se a evolução não fosse verdadeira, os fósseis não ocorreriam numa ordem que faz sentido em termos evolucionários”. Ignorando os fatos que ele mesmo acabou de apresentar, Coyne conclui descaradamente: “Quando encontramos as formas transicionais, elas ocorrem no registro fóssil exatamente onde deveriam ocorrer.” Se o livro de Coyne fosse feito filme, essa cena deveria mostrar a frase de Chico Marx: “Em quem você vai acreditar, em mim ou nos seus próprios olhos?”[12]

Há outro problema com a série de fósseis de baleia (e com todas as demais séries de fósseis) que Coyne deixou de abordar: nenhuma espécie na série poderia, possivelmente, ser o ancestral de qualquer outra, porque todas elas possuem características que elas primeiro teriam que perder antes de evoluir numa forma subsequente. É por isso que a literatura científica, tipicamente, mostra cada espécie ramificando de uma suposta linhagem.

Na figura abaixo, todas as linhagens são hipotéticas. O diagrama à esquerda é uma representação da teoria evolucionária: a espécie A é ancestral de B, que é ancestral de C, que é ancestral de D, que é ancestral de E. Mas o diagrama à direita é uma representação melhor da evidência: as espécies A, B, C e D não estão na linhagem real que resulta na espécie E, que permanece desconhecida.


 Acontece que nenhuma série de fósseis pode fornecer evidência para a descendência darwinista com modificação. Até mesmo no caso de espécies vivas, os restos enterrados não podem, geralmente, ser usados para estabelecer relações de ancestrais-descendentes. Imagine encontrar dois esqueletos humanos na mesma cova, um trinta anos mais velho do que o outro. O indivíduo mais velho era pai do mais novo? Sem registros genealógicos escritos e marcas de identificação (ou em alguns casos o DNA), é impossível responder à questão. E nesse caso estaríamos lidando com dois esqueletos da mesma espécie que estão distantes apenas uma geração e na mesma localidade. Com fósseis de espécies diferentes que agora estão extintas, e bem separadas no tempo e no espaço, não há como se estabelecer que um é o ancestral do outro – não importa quantos fósseis transicionais encontremos.

Em 1978, Gareth Nelson, do Museu Americano de História Natural, escreveu: “A ideia que alguém possa ir ao registro fóssil e esperar recuperar empiricamente uma sequência ancestral-descendente, seja de espécies, gênero, famílias, ou seja o que for, tem sido, e continua sendo, uma ilusão perniciosa.”[13] Henry Gee, escritor de ciência da Nature, escreveu em 1999 que “nenhum fóssil é enterrado com sua certidão de nascimento”. Quando chamamos novas descobertas de fósseis de “elos perdidos”, é como “se a corrente de ancestralidade e descendência fosse um objeto real para nossa contemplação, e não o que realmente é: uma invenção completamente humana criada após o fato, modelada da acordo com os preconceitos humanos”. Gee concluiu: “Pegar uma série de fósseis e afirmar que ela representa uma linhagem não é uma hipótese científica que possa ser testada, mas uma afirmativa que carrega a mesma validade de uma história para dormir – entretém, talvez até seja instrutiva, mas não é científica.”[14]

(Dr. Jonathan Wells, Discovery Institute, 18/5/2009; via Desafiando a Nomenklatura Científica)

Notas:

1. Jerry A. Coyne, Why Evolution Is True (New York: Viking, 2009), p. 3.
2. Coyne, Why Evolution Is True, p. 3, 4.
3. Coyne, Why Evolution Is True, p. 5, 6.
4. Coyne, Why Evolution Is True, p. 18, 19.
5. Coyne, Why Evolution Is True, p. 17-18, 25.
6. Charles Darwin, The Origin of Species, Sixth Edition (London: John Murray, 1872), Capítulo X, p. 266, 285-288. Disponível online (2009) aqui.
7. J. William Schopf, “The early evolution of life: solution to Darwin’s dilemma”, Trends in Ecology and Evolution 9 (1994): 375-377. James W. Valentine, Stanley M. Awramik, Philip W. Signor & M. Sadler, “The Biological Explosion at the Precambrian-Cambrian Boundary”, Evolutionary Biology 25 (1991): 279-356. James W. Valentine e Douglas H. Erwin, “Interpreting Great Developmental Experiments: The Fossil Record”, p. 71-107, in Rudolf A. Raff & Elizabeth C. Raff (editores), Development as an Evolutionary Process (New York: Alan R. Liss, 1987). Jeffrey S. Levinton, “The Big Bang of Animal Evolution”, Scientific American 267 (novembro 1992): 84-91. “The Scientific Controversy Over the Cambrian Explosion”, Discovery Institute; disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, Icons of Evolution (Washington, DC: Regnery Publishing, 2002), Capítulo 3; mais informação disponível online (2009) aqui. Stephen C. Meyer, “The Cambrian Explosion: Biology’s Big Bang”, p. 323-402, in John Angus Campbell & Stephen C. Meyer (editores), Darwinism, Design, and Public Education (East Lansing, MI: Michigan State University Press, 2003); mais informação disponível online (2009) aqui.
8. Coyne, Why Evolution Is True, p. 28.
9. Coyne, Why Evolution Is True, p. 48.
10. Coyne, Why Evolution Is True, p. 49-51.
11. Kevin Padian e Luis M. Chiappe, “The origin and early evolution of birds”, Biological Reviews 73 (1998): 1-42; disponível online (2009) aqui. Wells, Icons of Evolution, p. 119-122.
12. Coyne, Why Evolution Is True, p. 25, 53. Chico Marx in “Duck Soup” (Paramount Pictures, 1933); essa e outras citações do irmãos Marx Brothers estão disponíveis online (2009) aqui.
13. Gareth Nelson, “Presentation to the American Museum of Natural History (1969)”, in David M. Williams & Malte C. Ebach, “The reform of palaeontology and the rise of biogeography – 25 years after “Ontogeny, phylogeny, palaeontology and the biogenetic law” (Nelson, 1978)”, Journal of Biogeography 31 (2004): 685-712.
14. Henry Gee, In Search of Deep Time (New York: Free Press, 1999), p. 5, 32, 113-117. Jonathan Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design (Washington, DC: Regnery Publishing, 2006); mais informação disponível online (2009) aqui.


Fonte: Criacionismo.com.br


Por que o darwinismo é falso (parte 2 de 3)

Embriões – A teoria evolucionária precisa de melhor evidência que o registro possa fornecer. Coyne destaca corretamente: “Quando escreveu A Origem das Espécies, Darwin considerou a embriologia a evidência mais forte a favor da evolução.” Darwin tinha escrito que a evidência parecia mostrar que “os embriões das mais distintas espécies pertencentes à mesma classe são mais aproximadamente similares, mas se tornam, quando plenamente desenvolvidos, amplamente dissimilares”, um padrão que “revela a comunidade da descendência”. Na verdade, Darwin pensou que os embriões no estágio inicial “nos mostram, mais ou menos completamente, a condição do progenitor de todo o grupo no seu estado adulto”[15]

Mas Darwin não era um embriologista. Em seu livro Origem das Espécies, ele apoiou sua argumentação citando uma passagem do embriologista alemão Karl Ernst von Baer: “Os embriões dos mamíferos, aves, lagartos e cobras, e provavelmente chelonia [tartarugas], são, nos seus estágios mais incipientes, excessivamente parecidos uns com os outros... Tenho em minha posse dois pequenos embriões em álcool, cujos nomes eu omiti de colocar, e no presente momento sou bem incapaz de dizer a qual classe eles pertencem. Eles podem ser lagartos ou pequenas aves, ou mamíferos bem jovens, tão completa é a semelhança no modo de formação da cabeça e do tronco nesses animais.”[16]

Coyne afirma que isso é algo que von Baer “escreveu para Darwin”, mas a história de Coyne é tão duvidosa quanto sua paleontologia. A passagem que Darwin citou foi de um artigo escrito em alemão por von Baer, em 1828; Thomas Henry Huxley traduziu para o inglês e publicou em 1853. Primeiramente, Darwin nem sabia que era de von Baer: nas duas primeiras edições do Origem das Espécies ele atribuiu a passagem incorretamente a Louis Agassiz.[17]

Ironicamente, von Baer foi um crítico de peso da teoria de Darwin, rejeitando a ideia de que todos os vertebrados partilham de um ancestral comum. Segundo o historiador de ciência Timothy Lenoir, von Baer temia que Darwin e seus seguidores “já tivessem aceitado a hipótese evolucionária darwinista como verdade antes de se disporem à tarefa de observar os embriões”. O mito de que a obra de von Baer apoiava a teoria de Darwin foi devido, primeiramente, a outro biólogo alemão: Ernst Haeckel.[18] Haeckel manteve não somente que todos os embriões de vertebrados evoluíram de um ancestral comum, mas também que em seu desenvolvimento (“ontogenia”) eles davam replay (recapitulavam) de sua história evolucionária (“filogenia”). Ele a chamou de a Lei Biogenética: a ontogenia recapitula a filogenia.

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne escreveu que “a ‘recapitulação’ de uma sequência evolucionária é vista na sequência de desenvolvimento” de vários órgãos. “Cada vertebrado passa pelo desenvolvimento numa série de estágios, e a sequência daqueles estágios acontece seguindo a sequência evolucionária de seus ancestrais”. A provável razão para isso é que “assim que uma espécie evolui em outra, o descendente herda o programa de desenvolvimento de seu ancestral”. Dessa maneira, o descendente altera as mudanças “naquilo que já é um plano de desenvolvimento robusto e básico”.

É melhor para as coisas que evoluíram mais tarde serem programadas a desenvolver mais tarde o embrião. Esse princípio de “adicionar coisa nova em coisa velha” também explica por que a sequência de estágios de desenvolvimento reflete a sequência evolucionária dos organismos. Como um grupo evolui de outro, geralmente ele adiciona seu programa de desenvolvimento em cima do antigo. Assim, “todos os vertebrados começam o desenvolvimento [embrionário] parecendo um peixe embrionário porque todos nós descendemos de um ancestral tipo peixe”.[19]

Mesmo assim, Coyne escreveu, a Lei Biogenética de Haeckel “estritamente não era verdade”, porque “os estágios embrionários não se parecem com as formas adultas de seus ancestrais”, como Haeckel (e Darwin) acreditaram, “mas se parecem com as formas embrionárias de seus ancestrais”. Mas essa reformulação da Lei da Biogenética não soluciona o problema. Em primeiro lugar, os fósseis de embriões são extremamente raros,[20] assim, a lei reformulada tem que depender de embriões de organismos modernos que são considerados como parecendo as formas ancestrais. O resultado é um argumento circular: de acordo com a teoria de Darwin, os peixes são nossos ancestrais; os embriões humanos (supostamente) se parecem com os embriões de peixes; portanto, os embriões humanos se parecem com os embriões de nossos ancestrais. Teoria primeiro, observação mais tarde – justamente como von Baer tinha objetado.

Em segundo lugar, a ideia de que estágios evolucionários posteriores simplesmente podem ser alterados para o desenvolvimento é biologicamente irreal. Um ser humano não é apenas um embrião de peixe com algumas características adicionadas. Como o embriologista britânico Walter Garstang destacou em 1922, “uma casa não é uma cabana com um andar em cima. Uma casa representa um grau maior na evolução de uma residência, mas toda a construção é alterada – as fundações, o madeiramento, o telhado –, mesmo que os tijolos sejam os mesmos”.[21]

Em terceiro lugar, e mais importante, os embriões de vertebrados não são mais semelhantes em seus estágios iniciais. Nos anos 1860, Haeckel fez alguns desenhos para mostrar que os embriões de vertebrados pareciam quase idênticos em seu primeiro estágio – mas seus desenhos eram fraudulentos. Não somente ele distorceu os embriões fazendo-os parecer mais semelhantes do que eles realmente são, mas ele também tinha omitido os estágios iniciais nos quais os embriões são notavelmente diferente uns dos outros. Um embrião humano em seus estágios iniciais não se parece com um embrião de peixe.

Somente depois de os embriões de vertebrados terem progredido pela metade de seu desenvolvimento é que eles alcançam o estágio que Darwin e Haeckel consideraram como sendo o primeiro. Os biólogos de desenvolvimento chamam esse padrão diferente-similar-diferente de “ampulheta de desenvolvimento”. Os embriões de vertebrados não se parecem um com o outro em seus estágios iniciais, mas convergem de algum modo em aparência na metade do desenvolvimento, antes de divergir novamente. Se a ontogenia fosse uma recapitulação da filogenia, tal padrão seria mais consistente com as origens separadas do que com a ancestralidade comum. Os darwinistas modernos tentam salvar sua teoria pressupondo que a ancestralidade comum de vertebrados é obscurecida porque o desenvolvimento inicial pode evoluir facilmente, mas não há justificação para essa pressuposição a não ser a própria teoria.[22]

Embora os desenhos de Haeckel tivessem sido denunciados como fraude pelos seus contemporâneos, os livros didáticos de Biologia os usaram ao longo do século 20 para convencer os estudantes de que os humanos partilham de um ancestral comum com os peixes. Então, em 1997, uma publicação científica publicou um artigo comparando as fotos dos embriões de vertebrados com os desenhos de Haeckel, e que o autor principal descreveu como “uma das mais famosas fraudes em Biologia”. [SIC ULTRA PLUS 1] Em 2000, o paleontólogo evolucionista de Harvard, Stephen Jay Gould, chamou os desenhos de Haeckel de “fraudulentos” e escreveu que os biólogos deveriam “ficar atônitos e envergonhados pelo século de reciclagem estúpida que resultou na persistência desses desenhos num grande número, se não na maioria dos livros didáticos modernos”.[23] [SIC ULTRA PLUS 2]



Mas Coyne não se sente envergonhado. Ele defende os desenhos de Haeckel. Coyne escreveu: “Haeckel foi acusado, em grande parte injustamente, de ter falsificado alguns desenhos de embriões iniciais para fazê-los parecer mais semelhantes do que eles realmente são. Apesar disso, não devemos jogar fora o bebê junto com a água do banho.”[24] O “bebê” é a teoria de Darwin, que Coyne defende teimosamente, a despeito da evidência.

Vestígios e design ruim

Darwin argumentou em seu livro Origem das Espécies que a ocorrência generalizada de órgãos vestigiais – órgãos que, possivelmente, uma vez tiveram uma função, mas que agora são inúteis – é evidência contra a criação. “Sobre o ponto de vista de que cada organismo com todas as suas partes separadas tendo sido especialmente criadas, como totalmente inexplicável seja que os órgãos trazendo a marca nítida de inutilidade... devesse tão frequentemente ocorrer.” Mas tais órgãos, ele argumentou, são prontamente explicados por sua teoria: “No ponto de vista da descendência com modificação, nós podemos concluir que a existência de órgãos numa condição rudimentar, imperfeitos e inúteis, ou quase abortados, longe de apresentar uma dificuldade estranha, como eles, sem dúvida, fazem na antiga doutrina da criação, podem até ter sido antecipados de acordo com os pontos de vista aqui explicados.”[25]

Em seu livro The Descent of Man, Darwin citou o apêndice humano como um exemplo de órgão vestigial. Mas Darwin estava errado: hoje sabemos que o apêndice é uma fonte importante na produção de anticorpos das células do sangue, e assim parte integral do sistema imunológico humano. Ele pode também servir como compartimento para bactérias benéficas que são necessárias para a digestão normal. Assim, o apêndice não é de jeito nenhum inútil.[26]

Em 1981, o biólogo canadense Steven Scadding argumentou que embora ele não tivesse nenhuma objeção ao darwinismo, “os órgãos vestigiais não fornecem nenhuma evidência para a teoria evolucionária”. A razão principal é que “é difícil, se não impossível, identificar inequivocamente órgãos totalmente desprovidos de função”. Scadding citou o apêndice humano como um órgão previamente tido como sendo vestigial, mas agora sabido ter uma função. Outro biólogo canadense, Bruce Naylor, contrapôs que um órgão com alguma função ainda pode ser considerado vestigial. Além disso, Naylor argumentou, “organismos perfeitamente planejados necessitariam a existência de um Criador”, mas “os organismos frequentemente são algo menos do que perfeitamente planejados” e assim melhor explicados pela evolução. Scadding respondeu: “Todo o argumento de Darwin e de outros com respeito aos órgãos vestigiais giram em torno de sua inutilidade.” Do contrário, o argumento da vestigialidade nada mais é do que um argumento de homologia, e “Darwin lidou esses argumentos separadamente reconhecendo que eles eram de fato independentes”. Scadding também objetou que o argumento de Naylor – “menos do que perfeitamente planejado” – era “baseado numa pressuposição teológica sobre a natureza de Deus, i.e. que Ele não criaria estruturas inúteis. Qualquer que seja a validade dessa afirmação teológica, ela certamente não pode ser defendida como uma declaração científica, e por isso não deve ter lugar numa discussão científica da evolução”.[27]

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne (como Darwin) citou o apêndice humano como exemplo de um órgão vestigial. Diferentemente de Darwin, todavia, Coyne admite que “ele pode ser de algum uso mínimo. O apêndice contém trechos de tecido que podem funcionar como parte do sistema imunológico. Também tem sido sugerido que ele fornece refúgio para as bactérias intestinais úteis. Mas esses benefícios mínimos certamente são superados pelos problemas severos que vêm com o apêndice humano”. De qualquer modo, Coyne argumenta, “o apêndice ainda é vestigial, pois não exerce mais a função pela qual evoluiu”.[28]

Como Scadding tinha destacado uns trinta anos atrás, todavia, o argumento de Darwin se fundamentava na falta de função, e não na mudança de função. Além disso, se a vestigialidade fosse redefinida como propõe Coyne, ela incluiria muitas características nunca antes pensadas como sendo vestigiais. Por exemplo, se o braço humano evoluiu de uma perna de mamífero de quatro pernas (como afirmam os darwinistas), então o braço humano é vestigial. E se (como argumenta Coyne) as asas de aves voadoras evoluíram de membros anteriores emplumados de dinossauros que as usaram para outros propósitos, então as asas das aves voadoras são vestigiais. Isso é o contrário do que a maioria das pessoas quer dizer com “vestigial”.[29]

Coyne ignora também a outra crítica de Scadding, argumentando que se o apêndice humano for ou não inútil, ele é um exemplo de design imperfeito ou ruim. “O que eu quero dizer com ‘design ruim’”, Coyne escreveu, “é a noção de que se os organismos foram construídos por um designer desde o começo – alguém que tivesse usado os blocos biológicos construtores, ou os nervos, músculos, ossos, e assim por diante – eles não teriam tais imperfeições. Design perfeito seria verdadeiramente o sinal de designer capacitado e inteligente. Design imperfeito é a marca da evolução; na verdade, é exatamente isso que nós esperamos da evolução.”[30]

Um exemplo ainda melhor de design ruim, Coyne argumentou, é a prevalência de “genes mortos”. Segundo a versão moderna de Darwinismo que Coyne defende, o DNA carrega um programa genético que codifica proteínas e que dirige o desenvolvimento embrionário; as mutações ocasionalmente alteram o programa genético para produzir novas proteínas (ou mudar seus locais); e depois a seleção natural seleciona essas mutações para produzir a evolução. Nos anos 1970, contudo, biólogos moleculares descobriram que a maior parte de nosso DNA não codifica proteínas. Em 1972, Susumu Ohno chamou isso de “lixo”, e em 1976 Richard Dawkins escreveu: “Uma grande fração do DNA nunca é traduzida em proteína. Do ponto de vista do organismo individual isso parece paradoxal. Se o ‘propósito’ do DNA é supervisionar a construção de corpos, é surpreendente encontrar uma grande quantidade de DNA que não faz isso.” Do ponto de vista da evolução darwinista, todavia, não há nenhum paradoxo. “O verdadeiro ‘propósito’ do DNA é sobreviver, nem mais nem menos. O modo mais simples de explicar o DNA extra é supor que ele é um parasita, ou melhor, um passageiro inofensivo, mas inútil, pegando carona nas máquinas de sobrevivência pelo outro DNA.”[31]

Como Dawkins, Coyne considera que grande parte de nosso DNA é parasitária. Ele escreveu em Why Evolution Is True: “Quando uma característica não é mais usada, ou se torna reduzida, os genes que fazem isso não desaparecem instantaneamente do genoma: a evolução para a ação delas, inativando-as, não as removendo do DNA. Disso nós podemos fazer uma predição. Esperamos encontrar, nos genomas de muitas espécies, genes silenciados, ou ‘mortos’; genes que foram úteis uma vez, mas não estão mais intactos ou expressos. Em outras palavras, deve haver genes vestigiais. Ao contrário, a ideia de que todas as espécies foram criadas do zero prediz que tais genes não existiriam.”

Coyne continua: “Trinta anos atrás, não podíamos testar essa predição porque não tínhamos como ler o código do DNA. Contudo, hoje é bem fácil sequenciar o genoma completo das espécies, e tem sido feito para muitas espécies, inclusive os humanos. Isso nós dá uma ferramenta especial para estudar a evolução quando compreendemos que a função normal de um gene é fazer uma proteína – uma proteína cuja sequência de aminoácidos é determinada pela sequência das bases de nucleotídeos que constituem o DNA. E assim que nós tivermos a sequência do DNA de um dado gene, geralmente nós podemos dizer se ele é normalmente expresso – isto é, se ele faz uma proteína funcional – ou se ele é silenciado e nada faz. Podemos ver, por exemplo, se as mutações mudaram o gene de modo que uma proteína útil não possa mais ser feita, ou se as regiões de ‘controle’ responsáveis por ativar um gene foram inativadas. Um gene que funciona é chamado de pseudogene. E a predição evolucionária de que encontraremos pseudogenes tem sido cumprida – amplamente. Virtualmente todas as espécies abrigam genes mortos, muitos deles ainda ativos em seus genes aparentados. Isso implica que aqueles genes também foram ativos em um ancestral comum, e foram mortos em alguns descendentes mas não em outros. De aproximadamente trinta mil genes, por exemplo, nós humanos abrigamos mais de dois mil pseudogenes. Nosso genoma – e os de outras espécies – são verdadeiramente cemitérios bem preenchidos de genes mortos.”[32]

Mas Coyne está completamente errado.

Evidência saindo de projetos de sequenciamento de genomas mostra que virtualmente todo o DNA de um organismo é transcrito em RNA, e que, embora a maior parte daquele RNA não seja traduzida em proteínas, ele realiza funções reguladoras essenciais. Cada mês, os periódicos científicos publicam artigos descrevendo mais dessas funções. E isso não é uma manchete de última hora: a evidência tem se acumulado desde 2003 (quando os cientistas acabaram de sequenciar o genoma humano), que os “pseudogenes” e outras sequências assim chamadas de “DNA lixo” não são, afinal de contas, inúteis.[33] O livro Why Evolution Is True ignora esse enorme conjunto de evidências que refutam decisivamente a predição darwinista de Coyne de que nosso genoma deveria conter bastante DNA “morto”. Não é de admirar que Coyne sempre fique no tipo de argumentos teológicos que Scadding escreveu “não deveriam ter lugar numa discussão científica da evolução”.

(Dr. JonathanWells, Discovery Institute, 18/5/2009)

Notas:

15. Coyne, Why Evolution Is True, p. 79; Darwin, The Origin of Species, capítulo XIV, p. 386-396. Disponível online (2009) aqui.
16. Darwin, The Origin of Species, chapter XIV, p. 387-388. Disponível online (2009) aqui.
17. Coyne, Why Evolution Is True, p. 73; Karl Ernst von Baer, “On the Development of Animals, with Observations and Reflections: The Fifth Scholium”, traduzido por Thomas Henry Huxley, p. 186-237, in Arthur Henfrey & Thomas H. Huxley (editores), Scientific Memoirs: Selected from the Transactions of Foreign Academies of Science and from Foreign Journals: Natural History (London, 1853; reimpresso em 1966 por Johnson Reprint Corporation, New York); a passagem citada por Darwin está na p. 210;
Jane M. Oppenheimer, “An Embryological Enigma in the Origin of Species”, p. 221-255, in Jane M. Oppenheimer, Essays in the History of Embryology and Biology (Cambridge, MA: The M.I.T. Press, 1967).
18. Timothy Lenoir, The Strategy of Life (Chicago: The University of Chicago Press, 1982), p. 258; Frederick B. Churchill, “The Rise of Classical Descriptive Embryology”, p. 1-29, in Scott F. Gilbert (editor), A Conceptual History of Modern Embryology (Baltimore, MD: The Johns Hopkins University Press, 1991), p. 19, 20.
19. Coyne, Why Evolution Is True, p. 77-79.
20. Simon Conway Morris, “Fossil Embryos”, p. 703-711, in Claudio D. Stern (editor), Gastrulation: From Cells to Embryos (Cold Spring Harbor, NY: Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2004).
21. Walter Garstang, “The theory of recapitulation: a critical restatement of the biogenetic law”, Journal of the Linnean Society (Zoology), 35 (1922): 81-101.
22. Vide capítulo cinco e as referências que se seguem in Wells, Icons of Evolution;
vide capítulo três e as referências que se seguem in Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design.
23. Michael K. Richardson, J. Hanken, M. L. Gooneratne, C. Pieau, A. Raynaud, L. Selwood & G. M. Wright, “There is no highly conserved embryonic stage in the vertebrates: implications for current theories of evolution and development”, Anatomy & Embryology 196 (1997): 91-106; Michael K. Richardson, citado in Elizabeth Pennisi, “Haeckel’s Embryos: Fraud Rediscovered”, Science 277 (1997):1435; Stephen Jay Gould, “Abscheulich! Atrocious!”, Natural History (March, 2000), p. 42-49; “Hoax of Dodos” (2007), disponível online (2009) aqui.
24. Coyne, Why Evolution Is True, p. 78, notas.
25. Darwin, The Origin of Species, capítulos XIV (p. 402) e XV (p. 420); disponível online (2009) aqui.
26. Darwin, Charles, The Descent of Man, First Edition (London: John Murray, 1871), capítulo I (p. 27), disponível online (2009) aqui; Kohtaro Fujihashi, J. R. McGhee, C. Lue, K. W. Beagley, T. Taga, T. Hirano, T. Kishimoto, J. Mestecky & H. Kiyono, “Human Appendix B Cells Naturally Express Receptors for and Respond to Interleukin 6 with Selective IgA1 and IgA2 Synthesis”, Journal of Clinical Investigations 88 (1991): 248-252, disponível online (2009) aqui; J. A. Laissue, B. B. Chappuis, C. Müller, J. C. Reubi & J. O. Gebbers, “The intestinal immune system and its relation to disease”, Digestive Diseases (Basel) 11 (1993): 298-312, abstract disponível online (2009) aqui; Loren G. Martin, “What is the function of the human appendix?”, Scientific American (October 21, 1999), disponível online (2009) aqui.; R. Randal Bollinger, Andrew S. Barbas, Errol L. Bush, Shu S. Lin & William Parker, “Biofilms in the large bowel suggest an apparent function of the human vermiform appendix”, Journal of Theoretical Biology 249 (2007): 826-831, disponível online (2009) aqui;
Duke University Medical Center, “Appendix Isn’t Useless At All: It’s A Safe House For Good Bacteria”, ScienceDaily (October 8, 2007), disponível online (2009) aqui.
27. Steven R. Scadding, “Do ‘vestigial organs’ provide evidence for evolution?”, Evolutionary Theory 5 (1981): 173-176; Bruce G. Naylor, “Vestigial organs are evidence of evolution”, Evolutionary Theory 6 (1982): 91-96; Steven R. Scadding, “Vestigial organs do not provide scientific evidence for evolution”, Evolutionary Theory 6 (1982): 171-173.
28. Coyne, Why Evolution Is True, p. 61, 62.
29. Coyne, Why Evolution Is True, p. 46.
30 Coyne, Why Evolution Is True, p. 81.
31. Susumu Ohno, “So much ‘junk’ DNA in our genome”, Brookhaven Symposia in Biology 23 (1972): 366-70; Richard Dawkins, The Selfish Gene (New York: Oxford University Press, 1976), p. 47.
32. Coyne, Why Evolution Is True, p. 66, 67.
33. Alguns dos muitos artigos científicos publicados desde 2003 que documentam a função do tão chamado DNA “lixo” são: E. S Balakirev & F. J. Ayala, “Pseudogenes: are they ‘junk’ or functional DNA?”, Annual Review of Genetics 37 (2003): 123-151; A. Hüttenhofer, P. Schattner & N. Polacek, “Non-coding RNAs: hope or hype?”, Trends in Genetics 21 (2005): 289-297; J. S. Mattick & I. V. Makunin, “Non-coding RNA”, Human Molecular Genetics 15 (2006): R17-R29; R. K. Slotkin & R. Martienssen, “Transposable elements and the epigenetic regulation of the genome”, Nature Reviews Genetics 8 (2007): 272-285; P. Carninci, J. Yasuda & Y Hayashizaki, “Multifaceted mammalian transcriptome”, Current Opinion in Cell Biology 20 (2008): 274-80; C. D. Malone & G. J. Hannon, “Small RNAs as Guardians of the Genome”, Cell 136 (2009): 656–668; C. P. Ponting, P. L. Oliver & W. Reik, “Evolution and Functions of Long Noncoding RNAs”, Cell 136 (2009): 629–641.

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Quando em 1998 eu apontava as fraudes e as distorções de evidências científicas a favor da evolução para alguns dos expoentes autores de livros-texto de Biologia do ensino médio, recebi um e-mail de um deles, meu amigo, informando que a fraude dos desenhos dos embriões de Haeckel era do conhecimento da maioria dos biólogos! Mas ele não entrou em detalhes sobre a motivação por que eles eram utilizados pelos autores. Motivação científica ou ideológica? Na análise crítica que submeti ao MEC, em 2003 e 2005, foram destacadas essas fraudes e as distorções das evidências científicas a favor do ‘fato’ da evolução. Dos autores analisados, somente Amabis e Martho retiraram as fraudes, mas não explicitaram por que o fizeram. Com o descaso do MEC/SEMTEC/PNLEM para o que foi apresentado como desonestidade acadêmica da parte desses autores, não acompanhei mais a abordagem da evolução nesses livros didáticos. Pobres estudantes, estão sendo fraudados há um século; nota bene: um século!”

Fonte: Criacionismo.com.br


Por que o darwinismo é falso (parte 3 de 3)

Biogeografia - Argumentos teológicos também são proeminentes no Origem das Espécies. Por exemplo, Darwin argumentou que a distribuição geográfica das coisas vivas não fazia sentido se as espécies tivessem sido criadas separadamente, mas faria sentido no contexto de sua teoria. Casos como “a presença de espécie peculiar de morcegos em ilhas oceânicas e a ausência de todos os demais mamíferos terrestres”, Darwin escreveu, “são fatos completamente inexplicáveis na teoria de atos independentes de criação.” Em particular: “Por que, pode ser perguntado, tem a suposta força criadora produzido morcegos e nenhum dos outros mamíferos nas ilhas remotas?” Segundo Darwin, “no meu ponto de vista, essa questão pode ser facilmente respondida, pois nenhum mamífero terrestre pode ser transportado por um espaço vasto de mar, mas os morcegos podem cruzar voando.”[34]

Mas Darwin sabia que a migração não pode explicar todos os padrões de distribuição geográfica. Ele escreveu no Origem das Espécies que “a identidade de muitas plantas e animais, nos cumes das montanhas, separadas umas das outras por centenas de quilômetros de planícies, onde as espécies alpinas, possivelmente, não poderiam existir, é um dos casos mais surpreendentes conhecido de mesma espécie vivendo em pontos distantes sem a aparente possibilidade de elas terem migrado de um ponto para o outro”. Darwin argumentou que uma idade do gelo recente “oferece uma simples explicação desses fatos”. Plantas e animais do Ártico que estivessem “quase que naquela ocasião” poderiam ter crescido em toda parte na Europa e América do Norte, mas, “quando o calor retornou plenamente, as mesmas espécies, que então tinham vivido juntas nas planícies europeias e norte-americanas, novamente seriam encontradas nas regiões árticas do Velho e do Novo Mundo, e em muitos cumes de montanhas isoladas bem distantes umas das outras”.[35]

Assim, alguns casos de distribuição geográfica podem não ser devido à migração, mas à divisão de uma população antes grande e bem distribuída em pequenas populações isoladas – que os biólogos modernos chamam de “vicariância”. Darwin argumentou que todas as distribuições modernas das espécies podiam ser explicadas por essas duas possibilidades. Mas há muitos casos de distribuição geográfica que nem a migração e nem a vicariância parecem ser capazes de explicar.

Um exemplo é a distribuição mundial de aves que não voam, ou as “ratites”. Inclusos estão os avestruzes na África, as siriemas na América do Sul, emas e casuares na Austrália, e kiwis na Nova Zelândia. Uma vez que essas aves não voam, explicações baseadas na migração sobre vastas distâncias oceânicas são implausíveis. Depois que a deriva continental foi descoberta no século 20, pensou-se que as diversas populações poderiam ter se separado com as massas terrestres. Mas os avestruzes e kiwis são por demais recentes; os continentes já tinham se separado quando essas espécies se originaram. Assim, nem a migração nem a vicariância explicam a biogeografia dos ratites.[36]

Outro exemplo são os caranguejos de água doce. Estudados intensivamente pelo biólogo italiano Giuseppe Colosi nos anos 1920, esses animais completam seu ciclo de vida exclusivamente em hábitats de água doce e são incapazes de sobreviver à exposição prolongada à água salgada. Hoje, muitas espécies muito semelhantes são encontradas em lagos e rios amplamente separados na América Central e do Sul, África, Madagascar, Europa meridional, Índia, Ásia e Austrália. As evidências fóssil e molecular indicam que esses animais se originaram muito depois de os continentes terem se separados, assim, sua distribuição é inconsistente com a hipótese de vicariância. Alguns biólogos especulam que os caranguejos podem ter migrado por “transporte transoceânico” em troncos ocos, mas isso parece improvável dada a incapacidade deles em tolerar água salgada. Assim, nem a vicariância, tampouco a migração fornecem uma explicação convincente para a biogeografia desses animais.[37]

Uma explicação alternativa foi sugerida na metade do século 20 por Léon Croizat, biólogo francês que cresceu na Itália. Croizat descobriu que a teoria de Darwin “parecia não concordar de jeito nenhum com certos aspectos de fatos importantes da natureza”, especialmente os fatos de biogeografia. Na verdade, ele concluiu, “por ora, o darwinismo é apenas uma camisa de força... um odre totalmente decrépito para guardar vinho novo”. Croizat não argumentou a favor de atos de criação independentes; em vez disso, ele propôs que em muitos casos uma espécie primitiva amplamente dispersa se dividiu em fragmentos, depois seus remanescentes evoluíram em novas espécies em localidades paralelas, separadas, que eram extraordinariamente semelhantes. Croizat chamou esse processo de evolução paralela de “ortogênese”. Os neodarwinistas, como Ernst Mayr, todavia, salientaram que não existe mecanismo para ortogênese, o que implica – contrário ao darwinismo – que a evolução é guiada em certas direções; por isso eles rejeitaram a hipótese de Croizat.[38]

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne (igual a Darwin) atribui a biogeografia de ilhas oceânicas à migração, e outras determinadas distribuições à vicariância. Mas Coyne (diferente de Darwin) reconhece que esses dois processos não podem explicar tudo. Por exemplo, a anatomia interna dos mamíferos marsupiais é tão diferente da anatomia interna dos mamíferos placentários que os dois grupos são considerados como tendo se separado há muito tempo. Mas existem esquilos marsupiais voadores, tamanduás e toupeiras na Austrália que extraordinariamente aparentam esquilos voadores placentários, tamanduás e toupeiras em outros continentes, e essas formas de vida se originaram muito depois de os continentes terem se separado.

Coyne atribuiu as semelhanças a “um processo muito conhecido chamado evolução convergente”. Segundo Coyne, “é realmente bem simples. As espécies que vivem em hábitats semelhantes experimentarão pressões de seleção semelhantes de seu ambiente, de modo que elas podem evoluir adaptações semelhantes, ou convergir vindo a parecer e se comportar de modo muito parecido, muito embora elas não sejam relacionadas”. Coloque junto a ancestralidade comum, a seleção natural e a origem das espécies (“especiação”), “adicione o fato que as áreas distantes do mundo podem ter hábitats semelhantes, e você tem a evolução convergente – e uma explicação simples de um importante padrão geográfico”.[39]

Isso não é o mesmo que a “ortogênese” de Croizat pela qual as populações de uma espécie, após se tornarem separadas das demais, evoluem paralelamente devido a alguma força diretiva interna. Segundo a “evolução convergente” de Coyne, os organismos que são fundamentalmente diferentes uns dos outros evoluem através da seleção natural para se tornar superficialmente semelhantes porque eles habitam ambientes semelhantes. O mecanismo para ortogênese é interno, enquanto o mecanismo para convergência é externo. Todavia, nos dois casos, o mecanismo é crucial: sem ele, a ortogênese e a convergência são palavras que simplesmente descrevem padrões biogeográficos, e não explicações de como surgiram esses padrões.

Assim, a mesma pergunta pode ser feita sobre a convergência que foi feita à ortogênese: Qual é a evidência para o mecanismo proposto? De acordo com Coyne, o mecanismo de convergência envolve a seleção natural e a especiação.

Seleção e especiação

Coyne escreveu que Darwin “tinha pequena evidência direta para a seleção agindo em populações naturais”. Na verdade, Darwin não tinha evidência direta de seleção natural; o melhor que ele pôde fazer no Origem das Espécies foi “dar uma ou duas ilustrações imaginárias”. Somente um século mais tarde, Bernard Kettlewell forneceu o que ele chamou de “a evidência perdida de Darwin” para a seleção natural – uma mudança na proporção de mariposas salpicadas claras e escuras que Kettlewell atribuiu a camuflagem e predação por aves.[40]

Desde então, os biólogos têm descoberto várias evidências diretas de seleção natural. Coyne descreveu algumas delas, inclusive um aumento mediano na profundidade dos bicos dos tentilhões das Ilhas Galápagos, e uma mudança no tempo de floração em plantas selvagens de mostarda no sul da Califórnia – os dois casos devido à seca. Como Darwin, Coyne também compara a seleção natural com a seleção artificial usadas em cruzamento de plantas e animais.

Mas esses exemplos de seleção – natural bem como artificial – envolvem somente pequenas mudanças dentro das espécies existentes. Os criadores de animais estavam familiarizados com tais mudanças antes de 1859, e é por isso que Darwin não escreveu um livro intitulado Como Espécies Existentes Mudam ao Longo do Tempo; ele escreveu um livro intitulado Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural. “Darwin chamou sua grande obra de Origem das Espécies”, escreveu o biólogo evolucionista de Harvard, Ernst Mayr, em 1982, “porque ele estava plenamente consciente do fato de que a mudança de uma espécie em outra era o problema mais fundamental da evolução.” Mas Mayr tinha escrito anteriormente: “Darwin falhou em resolver o problema indicado pelo título de sua obra.” Em 1997, o biólogo evolucionista Keith Stewart Thomson escreveu: “Uma questão de tarefa inacabada para os biólogos é a identificação da prova/evidência indisputável da evolução”, e “a prova/evidência indisputável da evolução é a especiação, não é adaptação local e diferenciação de populações.” Antes de Darwin, o consenso era de que as espécies podiam variar somente dentro de certos limites; na verdade, séculos de seleção artificial tinham, aparentemente, demonstrado experimentalmente tais limites. “Darwin tinha que demonstrar que os limites podiam ser quebrados”, escreveu Thomson, “e nós também.”[41]

Em 2004, Coyne e H. Allen Orr publicaram um livro detalhado intitulado Speciation [Especiação], no qual eles salientaram que os biólogos não tinham sido capazes de concordar sobre uma definição de “espécie” porque nenhuma única definição serve para todos os casos. Por exemplo, uma definição aplicável a organismos vivos, sexualmente reprodutores pode não fazer sentido algum quando aplicada a fósseis ou bactérias. Na verdade, existem mais do que 25 definições de “espécie”. Qual definição é a melhor? Coyne e Orr argumentaram que, “quando for decidir sobre um conceito de espécie, alguém deve primeiro identificar a natureza do ‘problema de espécie’ e depois escolher o conceito que melhor resolve aquele problema”. Como a maioria dos demais darwinistas, Coyne e Orr favorecem o “conceito biológico de espécie” [Biological Species Concept – BSC] de Ernst Mayr, pois, conforme esse conceito, “espécies são grupos de populações naturais que podem se cruzar e que são isoladas reprodutivamente de outros grupos”. Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne explica que o conceito biológico de espécie é “aquele que os evolucionistas preferem quando estudam a especiação, porque leva qualquer um ao cerne da questão evolucionária. Sob o BSC, se alguém puder explicar como as barreiras reprodutivas evoluíram, esse alguém explicou a origem das espécies”.[42]

Teoricamente, as barreiras reprodutivas surgem quando as populações geograficamente separadas divergem geneticamente. Mas Coyne descreve cinco “casos de especiação ocorrendo na hora” e que envolvem um mecanismo diferente: a duplicação de cromossomo, ou “poliploidia”.[43] Isso geralmente acontece após a hibridização entre duas espécies de plantas existentes. A maioria dos híbridos é estéril porque seus cromossomos incompatíveis não podem se separar apropriadamente a fim de produzir pólen fértil e ovários; ocasionalmente, contudo, os cromossomos em um híbrido duplicam espontaneamente, produzindo dois pares perfeitamente combináveis e tornando possível a reprodução. O resultado é uma planta fértil reprodutivamente isolada dos dois progenitores – uma nova espécie, conforme o BSC.

Mas a especiação por poliploidia (“especiação secundária”) tem sido observada somente em plantas. Isso não fornece evidência a favor da teoria de Darwin de que as espécies se originam através da seleção natural, e nem para a teoria neodarwinista de especiação pela separação geográfica e divergência genética. Na verdade, segundo o biólogo evolucionista Douglas J. Futuyma, a poliploidia “não concede novas e importantes características morfológicas... [e] nem causa a evolução de novos gêneros” ou níveis mais altos na hierarquia biológica.[44]

Desse modo, a especiação secundária não resolve o problema de Darwin. Somente a especiação primária – a divisão de uma espécie em duas através da seleção natural – seria capaz de produzir o padrão de árvore ramificada da evolução darwinista. Mas ninguém tem observado a especiação primária. A prova/evidência indisputável da evolução nunca foi encontrada.[45]

Ou será que a prova/evidência indisputável da evolução foi encontrada?

Em seu livro Why Evolution Is True, Coyne afirma que a especiação primária foi observada em um experimento noticiado em 1998. Curiosamente, Coyne não mencionou isso no livro de 2004, que ele escreveu junto com Orr, mas seu relato disso em 2009 vale a pena ser citado com todas as letras:

“Nós até podemos ver a origem de uma nova espécie ecologicamente diversa de bactéria, tudo dentro de um único frasco de laboratório. Paul Rainey e seus colegas da Universidade Oxford colocaram uma cepa da bactéria Pseudomonas fluorescens em um pequeno frasco contendo caldo nutriente, e simplesmente observaram. (É surpreendente, mas verdadeiro que tal frasco contém realmente diversos ambientes. A concentração de oxigênio, por exemplo, é mais alta no topo e mais baixa no fundo.) Dentro de dez dias – não mais do que algumas centenas de gerações –, o ancestral das bactérias ‘lisas’ flutuando livremente tinha evoluído em duas formas adicionais ocupando partes diferentes da proveta. Uma, chamada de ‘espalhadora de rugas’, formou um tapete em cima do caldo. A outra, chamada de ‘espalhadora difusa’, formou um tapete no fundo. O tipo de ancestral liso persistiu no ambiente líquido no meio da proveta. Cada uma das duas novas formas era geneticamente diferente do ancestral, tendo evoluído através da mutação e seleção natural para se reproduzir melhor em seus respectivos ambientes. Aqui, então, não é somente a evolução, mas a especiação ocorrendo no laboratório: a forma ancestral produziu e coexistiu com dois descendentes ecologicamente diferentes, e nas bactérias tais formas são consideradas espécies distintas. Após um curto período de tempo, a seleção natural na Pseudomonas produziu uma ‘radiação adaptativa’ em pequena escala, o equivalente de como os animais ou plantas formam espécies quando eles encontram novos ambientes numa ilha oceânica.”[46]

Mas Coyne omite o fato de que quando as formas ecologicamente diferentes foram colocadas de volta no mesmo ambiente, elas “sofreram uma rápida perda de diversidade”, segundo Rainey. Nas bactérias, uma população distinta ecologicamente (chamada de “ecotipo”) pode, sim, se constituir numa espécie separada, mas somente se a distinção for permanente. Como o microbiologista evolucionista Frederick Cohan escreveu em 2002, espécies nas bactérias “são ecologicamente distintas uma das outras; e elas são irreversivelmente separadas”.[47] A reversão rápida de distinções ecológicas quando as populações bacterianas no experimento de Rainey foram colocadas de volta no mesmo ambiente refuta a afirmação de Coyne de que o experimento demonstrara a origem de uma nova espécie.

Exagerar a evidência para promover o darwinismo não é coisa nova. No caso dos tentilhões de Galápagos, a profundidade média dos bicos reverteu ao normal após a seca. Não houve evolução qua evolução, muito menos especiação. Mesmo assim, Coyne escreveu em seu livro Why Evolution Is True que “tudo que nós exigimos da evolução por seleção natural foi amplamente documentado” pelas pesquisas dos tentilhões. Uma vez que as teorias científicas permanecem ou caem devido à evidência, a tendência de Coyne exagerar a evidência não é coisa boa para a teoria que ele está defendendo. Quando um livreto publicado em 1999 pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos chamou a mudança de bicos dos tentilhões de “um exemplo particularmente convincente de especiação”, o professor de Direito de Berkeley e crítico de Darwin Phillip E. Johnson escreveu no The Wall Street Journal: “Quando nossos principais cientistas têm que recorrer ao tipo de distorção que colocaria um corretor da Bolsa na cadeia, você sabe que eles estão em dificuldades.”[48]

Então, existem instâncias observadas de especiação secundária – que não é o que o darwinismo precisa –, mas nenhuma instância observada de especiação primária, nem mesmo em bactérias. O bacteriologista britânico Alan H. Linton procurou relatos de confirmação de especiação primária e concluiu, em 2001: “Não existe nenhuma na literatura afirmando que uma espécie foi demonstrada como tendo evoluído em outra espécie. As bactérias, a forma de vida independente mais simples de todas, são ideais para esse tipo de pesquisa, com tempos de geração de vinte a trinta minutos, e as populações são alcançadas após dezoito horas. Mas, por 150 anos de ciência de bacteriologia, não existe nenhuma evidência de que uma espécie de bactéria se transformou em outra espécie.”[49]

Conclusões

Darwin chamou seu livro Origem das Espécies de “um longo argumento” para sua teoria, mas Jerry Coyne nos deu um longo blefe. O livro Why Evolution Is True tenta defender a evolução darwinista pelo rearranjo do registro fóssil; pela deturpação do desenvolvimento dos embriões vertebrados; por ignorar a evidência para a funcionalidade dos alegados órgãos vestigiais e o DNA não codificante, e depois promover o darwinismo com argumentos teológicos sobre “design ruim”, por atribuir alguns padrões biogeográficos para convergência devido a supostos processos “bem conhecidos” de seleção natural e de especiação; e depois exagerar a evidência a favor da seleção e especiação e fazer parecer que elas pudessem realizar o que o darwinismo exige delas.

A evidência concreta revela que as principais características do registro fóssil são embaraçosas para a evolução darwinista; que o desenvolvimento embrionário inicial é mais consistente com origens separadas do que com ancestralidade comum; que o DNA não codificante é plenamente funcional, e contrário às predições neodarwinistas; e que a seleção natural não pode realizar nada mais a não ser seleção artificial – o que significa dizer mudanças mínimas dentro das espécies existentes.

Diante de tal evidência, qualquer outra teoria científica teria sido, provavelmente, abandonada há muito tempo. Julgado pelos critérios normais da ciência empírica, o Darwinismo é falso. Ele permanece, apesar da evidência, e o entusiasmo de Darwin e seus seguidores em defendê-lo com argumentos teológicos sobre a criação e design sugere que sua permanência não tem nada a ver com a ciência.[50]

Apesar disso, os estudantes de biologia podem achar útil o livro de Coyne. Considerando-se a informação exata e a liberdade de exercer o pensamento crítico, os estudantes podem aprender do livro Why Evolution Is True como os darwinistas manipulam a evidência e a misturam com teologia a fim de reciclar uma teoria falsa que já deveria ter sido descartada há muito tempo.

Notas:

34. Darwin, The Origin of Espécies, Chapters XIII (p. 347-352) and XV (p. 419). Disponível online (2009) aqui.
35. Darwin, The Origin of Espécies, Chapters XII (p. 330-332). Disponível online (2009) aqui.
36. Alan Cooper, et al., C. Mourer-Chauviré, C. K. Chambers, A. von Haeseler, A. C. Wilson & S. Paabo, “Independent origins of New Zealand moas and kiwis”, Proceedings of the National Academy of Sciences USA 89 (1992): 8741-8744. Disponível online (2008) aqui. Oliver Haddrath & Allan J. Baker, “Complete mitochondrial DNA genome sequences of extinct birds: ratite phylogenetics and the vicariance biogeografia hypothesis”, Proceedings of the Royal Society of London B 268 (2001): 939-945. John Harshman, E. L. Braun, M. J. Braun, C. J. Huddleston, R. C. K. Bowie, J. L. Chojnowski, S. J. Hackett, K. L. Han, R. T. Kimball, B. D. Marks, K. J. Miglia, W. S. Moore, S. Reddy, F. H. Sheldon, D. W. Steadman, S. J. Steppan, C. C. Witt & T. Yuri, “Phylogenomic evidence for multiple losses of flight in ratite birds”, Proceedings of the National Academy of Sciences USA 105 (2008): 13462-13467. Abstract disponível online (2008) aqui. Giuseppe Sermonti, “L’evoluzione in Italia - La via torinese / How Evolution Came to Italy - The Turin Connection”, Rivista di Biologia/Biology Forum 94 (2001): 5-12. Disponível online (2008) aqui.
37. Giuseppe Colosi, “La distribuzione geografica dei Potamonidae”, Rivista di Biologia 3 (1921): 294-301. Disponível online (2009) aqui. Savel R. Daniels, N. Cumberlidge, M. Pérez-Losada, S. A. E. Marijnissen & K. A. Crandall, “Evolution of Afrotropical freshwater crab lineages obscured by morphological convergence”, Molecular Phylogenetics and Evolution 40 (2006): 227-235. Disponível online (2009) aqui. R. von Sternberg, N. Cumberlidge & G. Rodriguez, “On the marine sister groups of the freshwater crabs (Crustacea: Decapoda: Brachyura)”, Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 37 (1999): 19-38. Darren C. J. Yeo, et al., “Global diversity of crabs (Crustacea: Decapoda: Brachyura) in freshwater”, Hydrobiology 595 (2008): 275-286.
38. Léon Croizat, Space, Time, Form: The Biological Synthesis. Publicado pelo autor (Deventer, Netherlands: N. V. Drukkerij Salland, 1962), p. iii. Robin C. Craw, “Léon Croizat’s Biogeographic Work: A Personal Appreciation”, Tuatara 27:1 (August 1984): 8-13. Disponível online (2009) aqui. John R. Grehan, “Evolution By Law: Croizat’s ‘Orthogeny’ and Darwin’s ‘Laws of Growth’”, Tuatara 27:1 (August 1984): 14-19. Disponível online (2009) aqui. Carmen Colacino, “Léon Croizat’s Biogeography and Macroevolution or... ‘Out of Nothing, Nothing Comes’”, The Philippine Scientist 34 (1997): 73-88. Ernst Mayr, The Growth of Biological Thought (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1982), p. 529-530.
39. Coyne, Why Evolution Is True, p. 92-94.
40. Coyne, Why Evolution Is True, p. 116. Darwin, The Origin of Species, Capítulo IV (p. 70). Disponível online (2009) aqui. H. B. D. Kettlewell, “Darwin’s Missing Evidence”, Scientific American 200 (March, 1959): 48-53.
41. Ernst Mayr, The Growth of Biological Thought (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1982), p. 403. Ernst Mayr, Populations, Species and Evolution (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1963), p. 10. Keith Stewart Thomson, “Natural Selection and Evolution’s Smoking Gun”, American Scientist 85 (1997): 516-518.
42. Jerry A. Coyne & H. Allen Orr, Speciation (Sunderland, MA: Sinauer Associates, 2004), p. 25-39. Coyne, Why Evolution Is True, p. 174.
43. Coyne, Why Evolution Is True, p. 188.
44. Douglas J. Futuyma, Evolution (Sunderland, MA: Sinauer Associates, 2005), p. 398.
45. Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design, capítulo 5 (“The Ultimate Missing Link”), p. 49-59.
46. Coyne, Why Evolution Is True, p. 129-130.
47. Paul B. Rainey & Michael Travisano. “Adaptive radiation in a heterogeneous environment”, Nature 394 (1998): 69-72. Frederick M. Cohan, “What Are Bacterial Species?”, Annual Review of Microbiology 56 (2002): 457-482. Disponível online (2009) aqui.
48. Coyne, Why Evolution Is True, p. 134. National Academy of Sciences, Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences, Second edition (Washington, DC: National Academy of Sciences Press, 1999), Chapter on “Evidence Supporting Biological Evolution”, p. 10. Disponível online (2009) aqui. Phillip E. Johnson, “The Church of Darwin”, The Wall Street Journal (August 16, 1999): A14. Disponível online (2009) aqui.
49. Alan H. Linton, “Scant Search for the Maker”, The Times Higher Education Supplement (April 20, 2001), Book Section, p. 29. Frederick M. Cohan, “What Are Bacterial Species?”, Annual Review of Microbiology 56 (2002): 457-482. Disponível online (2009) aqui.
50. Paul A. Nelson, “The role of theology in current evolutionary reasoning”, Biology and Philosophy 11 (October 1996): 493 - 517. Abstract disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, “Darwin’s Straw God Argument”, Discovery Institute (December 2008). Disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, “Darwin’s Straw God Argument”, Discovery Institute (December 2008). Disponível online (2009) aqui.

Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Esta é a primeira vez que dedico uma postagem a alguém. Na verdade, é dedicada a Francisco Salzano, Sergio Pena e demais signatários de uma carta enviada , manifestando preocupação e [se declarando] afrontados com o avanço e a defesa da teoria do Design Inteligente por cientistas da ABC. Esses cientistas revelaram espírito anticientífico ao tentar intimidar vozes científicas dissidentes e céticas da robustez epistêmica das atuais teorias científicas sobre a origem e evolução do Universo e da vida. A ciência qua experiência humana é sujeita a revisão e até simples descarte de suas mais queridas teorias, e não é impedindo a divulgação de ideias diferentes que se promove o avanço da ciência. Francisco Salzano, Sergio Pena et al, que vergonha: vocês são contra a livre circulação e debates de ideias científicas nas universidades. A carta de vocês vai entrar para a História da Ciência como exemplo-mor de “patrulhamento ideológico”, censura, e de uma profunda covardia ao não mencionar para o presidente da Academia Brasileira de Ciências o nome do cientista de renome e saber científico que promove a teoria do Design Inteligente no Brasil: o nome dele é Prof. Dr. Marcos Nogueira Eberlin, o segundo cientista brasileiro mais citado em publicações científicas. Escrevi isso acima com profundo desprazer de um lado, e por outro lado com profunda alegria de desafiar a Nomenklatura científica e mostrar suas partes intestinais podres na defesa do materialismo filosófico que posa como se fosse ciência!”

Fonte: Criacionismo.com.br


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