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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Adolf Hitler


Adolf Hitler (1889-1945) foi um político alemão. Líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista). Nomeado Chanceler começou a aplicar o programa nazista.
Numa sucessão de golpes, atos ilegais e assassinatos instalou sua ditadura. Com a morte do presidente alemão acumulou a função de chanceler e presidente. Era o início do Terceiro Reich.
Adolf Hitler (1889-1945) nasceu em Braunau, na Áustria, no dia 20 de Abril de 1889. Filho de Alois Hitler empregado de alfândega e Klara Hitler pretendia seguir a carreira artística e por duas vezes tentou, sem sucesso, entrar na Academia de Belas Artes de Viena. Em 1913 mudou-se para Munique e em agosto de 1914 alistou-se no Regimento de Infantaria do Exército alemão para lutar na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse mesmo ano, por sua bravura, recebeu a condecoração da Cruz de Ferro.

Com a derrota da Alemanha na Guerra e a crescente onda de insatisfação social provocada pela grave crise econômica, surgiu no país, diversos partidos de oposição ao governo. Em 1919, em Munique, um pequeno grupo de nacionalistas fundou um partido totalitário, nos moldes do fascismo italiano. Filiado ao partido, em 1920, Hitler adota o nome de “Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães” (Partido Nazista), e incorpora ao partido, uma organização paramilitar a Seção de Assalto (AS), encarregada de intimar os opositores, principalmente judeus, comunistas e socialistas. Hitler reorganiza o programa do partido, com forte apelo ao sentimento nacionalista. O totalitarismo se resumia em um povo (Volk), um império (Reich), e um líder (Führer).

Em novembro de 1923, Adolf Hitler e seus seguidores tentaram assumir o poder, mas foram todos presos. Condenado a cinco anos de prisão, Hitler só cumpriu oito meses. Na prisão escreve a primeira parte do livro "Minha Luta", obra em que desenvolveu os fundamentos do nazismo: a ideia da existência da raça ariana – que seria descendente de um grupo indo-europeu mais puro -, o nacionalismo exacerbado, o totalitarismo, o anticomunismo e o domínio dos territórios indispensáveis ao desenvolvimento alemão.

Com a crise de 1929 que abalou a economia mundial, os seis milhões de desempregados alemães engrossaram as fileiras do Partido Nacional-Socialista e o extremismo tomou conta da Alemanha. Em 1930 Hitler tornou-se cidadão alemão e já reunia 1,5 milhões de adeptos ao partido. Nas eleições legislativas de 1932 os nazistas elegem 230 deputados. Em 1933, com a crise do sistema parlamentarista, o presidente Hindenburg ofereceu a Hitler o cargo de Chanceler.

Elevado ao poder, o líder nazista instalou uma ditadura totalitarista. Deputados e líderes de esquerda foram presos e levados para campos de concentração, onde se aprisionavam e, muitas vezes, se exterminavam os opositores, e mais tarde judeus e prisioneiros de guerra. Para sustentar o poder criou a “Guestapo” – polícia secreta do Estado. No dia 21 de março, Adolf Hitler proclamou a criação do “Terceiro Reich”. Em 1934 morre o presidente Hindenburg e Hitler acumula as funções de chanceler e presidente. Em 1935 o governo nazista decretou o rearmamento alemão que era proibido pelo tratado de Versalhes.

Em maio de 1938, o exército alemão, com Hitler à frente, invadiu a Áustria. Em 1939, desrespeitando o acordo de Munique, ocuparam a Tchecoslováquia. No dia 1 de setembro, cruzou a fronteira da Polônia, que foi sucedido, dois dias depois, pela declaração de guerra da França e Inglaterra ao Terceiro Reich, desencadeando a Segunda Guerra Mundial (1939-1942). A partir de abril de 1940 a Alemanha avançou em direção à Europa Ocidental, conquistando a Noruega, a Dinamarca, a Bélgica, a Holanda e a França.

Em 1941, rompendo o pacto que assinou com Stalin, invadiu a União Soviética. A partir de 1943 começou a lenta agonia dos nazifascistas. As tropas aliadas anglo-americanas e soviéticas fecharam o cerco sobre a Alemanha e as tropas nazistas recuavam. Hitler resistiu desesperadamente, mas refugiou-se em um bunker em Berlim e suicidou-se junto com sua mulher Eva Braun. Os exércitos soviéticos liquidaram os alemães em vários países e entraram vitoriosos em Berlim, em 2 de maio de 1945.

Hitler morreu em Berlim, Alemanha, no dia 30 de abril de 1945.


John Fitzgerald Kennedy


John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) foi um político norte-americano, eleito presidente em 1960 e assassinado em 1963. Foi o mais jovem presidente eleito nos Estados Unidos. Foi o primeiro norte-americano de ascendência irlandesa e religião católica a ocupar a Casa Branca.

John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) nasceu em Brookline, Massachusetts, Estados Unidos, no dia 29 de maio de 1917. Filho de Joseph Kennedy e Rose Fitzgerald, rica família católica que teve nove filhos: Joseph Patrick Jr., John Kennedy, Rosemary, Kathleen, Eunice, Patrícia, Robert, Jean e Edward o caçula.

John Kennedy frequentou escolas particulares antes de ingressar na Choate, escola tradicional de Wallingford Connecticut. Mesmo com a saúde frágil, frequentava o time de futebol da escola e era popular entre os colegas. Em 1935 ingressou na Universidade de Princeton, mas abandonou por questões de saúde e passou dois meses em tratamento num hospital e em seguida foi para uma fazenda se recuperar. Em 1936 matricula-se na Universidade de Harvard, impressionando os professores pelo talento para escrever. Voltou ao futebol e sofreu uma ruptura na coluna, problema que o atormentou pelo resto da vida.

Em 1937, seu pai foi para a Inglaterra, nomeado Embaixador dos Estados Unidos. nessa época, John ainda era aluno de Harvard. Viajou para Europa onde passou todo o ano que precedeu a Segunda Guerra. Acompanhou os acontecimentos, recolheu dados sobre a política inglesa de apaziguamento no pré-guerra. Em julho de 1940 apresentou sua tese de conclusão de curso. Depois publicada em livro com o título "Por que a Inglaterra Dormia?", que logo se tornou Best-seller.
John Kennedy alistou-se no exército, mas pela saúde frágil não foi aceito. Entrou na Marinha, em 1941, sendo designado para o Serviço de Inteligência Naval. A guerra prosseguia, em julho de 1942 alistou-se para integrar a tripulação de barcos torpedeiros. No comando de uma patrulha em Tulagi, uma das Ilhas Salomão, no Pacífico Sul, foi atacado por um destroier japonês. Conseguiu salvar sua tripulação. Seis dias depois os sobreviventes foram resgatados. Tornou-se um herói da Guerra do Pacífico.

John Kennedy empregou-se como repórter da rede de jornais Hearst onde cobriu a Seção da Abertura da ONU e as eleições inglesas, depois da renúncia de Winston Churchill. Em abril de 1946, candidatou-se para Câmara dos Deputados por Massachusetts, com seu irmão Robert participando da campanha. Em novembro com uma vitória esmagadora dá início a sua carreira política.

Em 1947 viajou para Europa. Em Londres, Kennedy adoeceu e os médicos diagnosticaram doença de Addison, um mau funcionamento das glândulas suprarrenais. Tratado, mas achando que não viveria muito tempo, passou a viver cada dia como se fosse o último. Foi reeleito em 1948 e em 1950.

Com anseio de participar da política externa, candidatou-se ao Senado. Impressionou-se com a situação do Vietnam, envolvido numa guerra de libertação contra os colonizadores franceses. Em abril de 1952 iniciou sua campanha, ganhou com 51% dos votos. Em 1953 casa-se com Jacqueline Bouvier, de família rica da alta sociedade de Washington. Foi o casamento do ano.

John Kennedy, com sérios problemas na coluna, foi operado em 1954, contraindo uma infecção hospitalar, entrou em coma. Recuperado voltou para casa às vésperas do natal. Durante a recuperação escreveu "Perfis de Coragem", que ganhou o Prêmio Pulitzer de 1957.

Mesmo sofrendo uma derrota dentro do partido, para o cargo de vice-presidente em 1956, seu desempenho agradou e tornou-se mais popular. Em 1957 nasceu sua filha Caroline. Nas Eleições para o Senado, em 1958, consegue 73% dos votos. No dia 2 de janeiro de 1960 anunciou oficialmente sua candidatura para presidente. Em julho de 1960 consegue sua primeira vitória, foi indicado para candidato à presidência do Partido Democrata, com Lyndon Johnson para vice-presidente. Em novembro de 1960 derrotou Nixon por uma pequena margem de votos. Em novembro nasceu John Fitzgerald Jr.

Em 30 de janeiro de 1961, Kennedy fez seu primeiro pronunciamento oficial no Congresso. Em seu governo enfrentou além da miséria, a discriminação racial, o comunismo na América Latina, especialmente em Cuba, conflitos na África, guerras civis e compromissos de assistência com os países do sudeste da Ásia, a aceleração da corrida armamentista e a guerra fria entre Estados Unidos, União Soviética e China.

Em março de 1961 aprovou a formação do Corpo da Paz, chefiado por Robert Shriver, seu cunhado, formado por grupos voluntários norte-americanos, a serviço de nações menos desenvolvidas. Em abril, fracassa na tentativa de invasão de Cuba na Bahia dos Porcos. Em março de 1962 anuncia a retomada dos testes nucleares na atmosfera. Em julho de 1963 submete o projeto de lei dos direitos civis à aprovação do Congresso.

No dia 22 de novembro de 1963, durante uma visita à cidade de Dalas, no Texas, John Fitzgerald Kennedy e Jaqueline, desfilando em carro aberto, sorriam e acenavam para o povo. O cortejo entrou na praça Dealey e de repente da janela do sexto andar de um depósito de livros, um homem apontou uma arma e atirou. O Presidente Kennedy foi atingido fatalmente por duas balas, uma na garganta e outra na cabeça. Os tiros foram disparados por Lee Oswald, que foi preso e dois dias depois foi morto a tiros diante das câmeras de televisão por Jack Ruby.

John Kennedy foi enterrado no dia 25 de novembro de 1963, no Cemitério Nacional de Arlington, com a presença de 92 líderes de outras nações. Milhares de pessoas saíram às ruas para prestar a última homenagem ao presidente morto. Acompanhada dos dois filhos Jaqueline acendeu a tocha do fogo eterno sobre o túmulo de Kennedy.


Dom Pedro I


Dom Pedro I (1798-1834) foi o primeiro Imperador do Brasil. Outorgou a primeira Constituição brasileira, que vigorou de 1824 até 1889 com o fim do Império.

Dom Pedro I (1798-1834) nasceu no Palácio de Queluz, Portugal, no dia 12 de outubro de 1798. Filho de Dom João e de Dona Carlota Joaquina de Bourbon passou seus primeiros anos no Palácio de Queluz, cercado de governantas e professores. No dia 7 de março de 1808, com 9 anos de idade, chegou ao Brasil, junto com a família real que fugindo das tropas napoleônicas instalou-se no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista.

O jovem Pedro sabia latim suficiente para ler certos clássicos da antiguidade, estudava pintura, francês, inglês e música, chegando a compor e tocar pequenas peças. Dedicava-se também à equitação. Avesso aos estudos preferia a vida ao ar livre no palácio de São Cristóvão e na fazenda Santa Cruz.

Em março de 1816, com a morte de sua avó Dona Maria I, Dom João VI é aclamado Rei de Portugal e Dom Pedro torna-se Príncipe Real e herdeiro direto do trono, em virtude da morte do seu irmão mais velho, Antônio.

Muita gente estava a par das façanhas amorosas do jovem conquistador, mas depois de demoradas negociações diplomáticas, estava a caminho do Brasil a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, filha do imperador da Áustria, que fora a escolhida para esposa de Dom Pedro. Casam-se no dia 5 de novembro de 1817, e juntos tiveram sete filhos.

Em 1820 Portugal passava por grave crise política e social. A Revolução Liberal do Porto se espalhou por todo pais. A Constituição era a palavra de ordem. No dia 26 de abril, Dom João volta para Portugal, ficando Dom Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou então um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal e que o Brasil voltasse à condição de colônia.

O decreto vindo da corte provocou grande desagrado popular. Um abaixo-assinado com oito mil assinaturas foi levado a Dom Pedro, solicitando sua permanência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, cedendo às pressões o príncipe declara: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". O Dia do Fico era mais um rompimento com Portugal. A atitude de Dom Pedro desagradou a Corte Portuguesa, que suspendeu o pagamento de seus rendimentos.

Com a popularidade cada vez mais em alta, quando viajava de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. Descontente, ali mesmo, em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, o herdeiro de D. João VI, resolveu romper definitivamente com a autoridade paterna e declarou: "Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!".

De volta ao Rio de Janeiro, Dom Pedro foi proclamado Imperador Constitucional do Brasil. A cerimônia teve lugar no Campo de Santana, hoje Praça da República. No dia 1 de dezembro, recebeu a Coroa Imperial. Entre abril e novembro de 1823, reuniu-se com os Deputados eleitos para dar ao país sua primeira Carta Magna.

Com a morte de D. João VI, em 1826, decidiu contrariar as restrições da Constituição brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir como herdeiro do trono português, o poder em Lisboa como Pedro IV. Foi a Portugal, mas constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono sua filha primogênita, de 7 anos, Maria da Glória, como Maria II, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel.

No dia 11 de dezembro de 1826, falece Dona Leopoldina. No dia 28 de agosto de 1828, casa-se com Amélia de Leuchtenberg. Aos poucos, Dom Pedro foi perdendo o prestígio. Os constantes atritos com a assembleia, a demasiada atenção dada às questões portuguesas, a crescente interferência de sua amante, a Marquesa de Santos, nos negócios do Governo o tornou impopular aos olhos dos súditos. Após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono, no dia 7 de abril de 1831, em favor de seu filho Pedro, então com cinco anos de idade.

Voltando a Portugal, com o título de Duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo irmão, Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos.
Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon morreu de tuberculose, no palácio de Queluz, no dia 27 de setembro de 1834. Foi sepultado no Panteão de São Vicente de Fora, como simples general e não como rei, como determinava seu testamento. No sesquicentenário da independência do Brasil, em 1972, seus restos mortais foram trazidos para a cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo.



Dom Pedro II


Dom Pedro II (1825-1891) foi o segundo e último Imperador do Brasil. Tornou-se príncipe regente aos cinco anos de idade, quando seu pai Dom Pedro I, abdicou do trono. José Bonifácio de Andrada e Silva foi nomeado seu tutor e depois foi substituído por Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho. Aos 15 anos foi declarado maior e coroado Imperador do Brasil.

Dom Pedro II (1825-1891) nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil, no dia 02 de dezembro de 1825. Filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina. Ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade. Com nove anos perdeu também seu pai. Era o sétimo filho, mas tornou-se herdeiro do trono brasileiro, com a morte de seus irmãos mais velhos. Cresceu aos cuidados da camareira-mor Dona Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte.

No dia 2 de agosto de 1826, Dom Pedro foi reconhecido como herdeiro da coroa do império brasileiro. No dia 7 de abril de 1831, seu pai Dom Pedro I, que vinha enfrentando severa oposição política, acusado de favorecer os interesses portugueses no Brasil independente, abdica do trono e embarca de volta a Portugal, deixando Pedro como regente, com apenas cinco anos de idade. Para tutor de Pedro, seu pai nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva.

Com a abdicação e a menoridade do herdeiro do trono, a Constituição de 1824 determinava que o Império seria governado por uma Regência composta por três membros. O período regencial estendeu-se por nove anos (1831-1840) e pela primeira vez o Brasil foi governado por brasileiros. Foi no período regencial que se solidificou o Estado nacional brasileiro e surgiram os partidos políticos.

Nessa época, durante a menoridade, Dom Pedro teve aulas com diversos mestre ilustres, escolhidos por seu tutor José Bonifácio. Estudou caligrafia, literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, pintura, música, dança, esgrima e equitação.

Os liberais moderados governavam o País com dificuldades, enfrentando os que preferiam a República. Outro grupo queria a volta de Dom Pedro I. As crises se acumulavam. Em 1840 os conservadores mantinham a maioria parlamentar e fizeram aprovar a Lei de Interpretação do Ato Adicional que reduzia as conquistas feitas pelos liberais. Esses, inconformados começaram a luta pela maioridade do imperador, então com 15 anos. No dia 23 de julho de 1840, Dom Pedro II é coroado Imperador. O ato ficou conhecido como o "Golpe da Maioridade".

Os primeiros anos de reinado de Dom Pedro II foram de aprendizado político. Aplicava-se inteiramente aos negócios de Estado, exercia a risca a Constituição. Aos poucos o país se pacificava. No dia 3 de setembro de 1843, Dom Pedro II esperava no porto, sua futura esposa Teresa Cristina de Bourbon. O casamento era um arranjo político com Francisco I, rei das Duas Sicílias. Tiveram quatro filhos, mas só sobreviveram Isabel e Leopoldina. A vida na corte era calma. As portas do Palácio Isabel, hoje Palácio Guanabara, eram abertas quatro vezes por ano, ao corpo diplomático e à nobreza.

No início de seu governo, Dom Pedro II fez viagens diplomáticas às províncias onde estavam ocorrendo conflitos. Em 1850, Dom Pedro II ainda não completara 25 anos, mas seu império já estava consolidado. A constituição de 1824, com as modificações introduzidas pelo Ato Adicional, dava ao Imperador um Governo quase autocrático. Mas Pedro II optou, sempre, pela moderação. Os partidos políticos do Império representavam a aristocracia rural e a técnica política do Imperador era revezar os partidos no poder. Essa política sobreviveu por quase vinte anos.

Dom Pedro era acusado de dedicar mais tempo aos livros do que às questões políticas. O império que gozava de certa prosperidade econômica começou a perder o equilíbrio, com as guerras na região do Rio da Prata. As forças imperiais lutaram em 1850, contra Rosas e Oribe e em 1864 contra Aguirre. Em 1865, teve inicio a Guerra do Paraguai, que durou cinco anos e finalmente o Paraguai foi vencido. Ao terminar a guerra, o movimento abolicionista tomava impulso e no Rio de Janeiro fundava-se em 1870, o Partido Republicano.

Na década de 70, Dom Pedro II viajou duas vezes à Europa, deixando sua filha a Princesa Isabel como Regente. Em ambos os momentos a princesa resolveu causas difíceis. Em 1871, assinou a lei do Ventre Livre e em 1875 foi resolvida a Questão Religiosa. Em 1886, Dom Pedro adoece e parte novamente para a Europa. No dia 13 de maio de 1888, com a Regência da Princesa Isabel, é assinado o decreto que acaba com a escravidão no Brasil.

O ideal republicano que surgiu no Brasil em vários movimentos, como na Guerra dos Farrapos e na Revolução Praieira, só após a Guerra do Paraguai ressurgiu e se fortaleceu. No dia 15 de novembro de 1889, pela conjugação de interesses políticos, o governo imperial foi derrubado. Estava proclamada a República no Brasil. No dia seguinte organizou-se um Governo Provisório, que deu 24 horas para Dom Pedro deixar o país.

Dom Pedro de Alcântara embarca com a família para Portugal. Era 17 de novembro de 1889, dois dias após a proclamação da República. Chegando em Lisboa no dia 7 de dezembro seguiu para o Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28 do mesmo mês. Pedro, com 66 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde passava o dia lendo e estudando. As visitas à Biblioteca Nacional eram seu refúgio. Em novembro de 1891, doente não saía mais do quarto.
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança morreu no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia. Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositados no convento de São Vicente de Fora, junto ao da esposa. Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na Catedral do Rio de Janeiro, em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis.



domingo, 26 de novembro de 2017

Adeus,Lênin!


Sinopse: Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos.





13 Dias que Abalaram o Mundo




Sinopse: Em outubro de 1962 um avião U-2, que fazia vigilância de rotina, tira fotos fotográficas que revelam que a União Soviética está em processo de colocar uma plataforma de lançamento de armas nucleares em Cuba. Estas armas terão a capacidade de destruir em minutos a maior parte do leste e sul dos Estados Unidos quando ficarem operacionais. 

O presidente John F. Kennedy (Bruce Greenwood) e seus assessores têm de pôr um plano de ação contra os soviéticos. Kennedy está determinado em mostrar que ele é forte o bastante para resistir a ameaça e o Pentágono aconselha o exército dos Estados Unidos a contra-golpear, o que poderia levar a uma outra invasão norte-americana em Cuba. Entretanto, Kennedy está receoso em levar a cabo esta operação, pois uma invasão norte-americana poderia fazer com que os soviéticos partissem para a retaliação na Europa. 

Por treze dias o destino da humanidade esteve nas mãos de um grupo reunido no salão oval na Casa Branca, pois a possibilidade de uma guerra nuclear era real e navios soviéticos rumavam para Cuba levando o material que faltava para terminar a plataforma de lançamento, que estava sendo construída em ritmo acelerado. Com a situação cada vez mais tensa, qualquer ato impensado poderia provocar um conflito armado de conseqüências atrás.





Mikhail Gorbachev


Mikhail Sergueievitch Gorbachev nasceu em 2 de março de 1931, no território de Stavropol. Filho de cristãos, seu pai, Serguei Gorbachev (1909-1976), era russo, e sua mãe, Maria Gopkalo (1911-1993), era ucraniana.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Gorbachev ainda tinha dez anos, o território onde sua família morava foi ocupado por tropas alemãs, e seu pai partiu à frente de batalha. Após a libertação da cidade, chegou à família a notícia de que o pai havia perecido entre os heróis.

Aos 13 anos, passou a dividir a escola com o trabalho de campesino, em um kolkhoz. A partir dos 15, começou a trabalhar de auxiliar de eletricista em uma maquinaria. Em 1948, foi laureado com a Ordem do Estandarte Vermelho do Trabalho, como eletricista exemplar. Aos 19 anos, candidatou-se a uma vaga no PCUS, mas seria aceito somente dois anos mais tarde, com recomendações do diretor e dos professores de sua escola. Ainda em 1950, ingressou na faculdade de Direito da Universidade Federal de Moscou, onde graduou-se em 1955. Em setembro de 1953, casou-se com Raíssa Titarenko, que conhecera na universidade. Já licenciado, trabalhou na promotoria de Stavropol, enquanto na vida política ficou encarregado da direção do departamento de agitação e propaganda do Komsomol da região, até 1962.

Em 1961, Gorbachev foi um dos delegados do XXII Congresso do Partido Comunista que, entre outros assuntos, definiu a ruptura sino-soviética. Em 1966, então com 35 anos, completou os estudos no Instituto Agrícola como economista-agrónomo. Começou, então, a progredir rapidamente na sua carreira política. Em 1970, foi nomeado ministro da Agricultura e, no ano seguinte, membro do Comitê Central. Em 1972, dirigiu uma delegação soviética à Bélgica e, dois anos mais tarde, em 1974, tornou-se representante do Soviete Supremo. Passou a fazer parte do Politburo em 1979. Lá recebeu a proteção de Iuri Andropov, chefe do KGB, também natural de Stavropol, e foi promovido durante o breve período em que Andropov fora líder da União Soviética, antes da sua morte, em 1984.

As posições que tomou no partido deram-lhe a oportunidade de realizar viagens a diversas partes do mundo, o que terá influenciado o seu ponto de vista político e social, como líder do seu país. Em 1975, dirige uma delegação à República Federal da Alemanha e em 1983 lidera outra ao Canadá, onde se encontra com o primeiro-ministro Pierre Trudeau, com os membros da Câmara dos Comuns e do Senado.

Com a morte de Konstantin Chernenko, Mikhail Gorbachev é eleito o novo líder da União Soviética, a 11 de Março de 1985.

No posto, inaugura diversas reformas e campanhas, que a longo prazo conduziriam o país a uma economia de mercado, ao fim do monopólio do poder central do PCUS e, posteriormente, à desintegração da União Soviética.

Mais socialismo significa mais democracia, transparência e coletivismo na vida cotidiana.

Uma de suas primeiras atividades políticas foi a contraditória campanha contra o alcoolismo, criada em 1985, que levou a um aumento de 45% nos preços das bebidas alcoólicas,[3] e consequentemente a uma redução na produção de álcool e vinhos e à escassez de açúcar nos mercados por conta da produção clandestina de bebidas alcoólicas. Por outro lado, a sociedade percebeu um aumento na expectativa de vida e uma considerável redução no número de crimes cometido sob efeito do álcool.

Em 1986, Gorbachev teria de lidar com o acidente nuclear de Chernobil, após a explosão do reator da usina da cidade, localizada na Ucrânia, que provocou uma onda de radiação por toda a Europa.

Durante seu governo, as suas tentativas de reforma, tanto no campo político, representadas pelo projeto Glasnost, como no campo econômico, através da Perestroika, conduziram ao término da Guerra Fria e, ainda que não tivessem esse objetivo, deram fim ao poderio do Partido Comunista no país, levando à dissolução da União Soviética.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A extração do pau-brasil


O pau-brasil, caesalpinia brasiliensis ou echinata, segundo a taxionomia botânica atual, ou simplesmente ibirapitanga, em tupi, teve importância extraordinária na história do Brasil. Seu comércio foi a principal atividade econômica dos portugueses na América até cerca de 1530, mas sua exploração continuou ativa durante todo o período colonial, figurando com destaque nas exportações brasileiras ainda na segunda metade do século XIX.

O pau-brasil antes do Brasil 


Desde a Idade Média, o pau-brasil era conhecido na Europa, sob outra variedade originária da Sumatra, no Oriente, em malaio, de sapang (do sânscrito patanga ou “vermelho”). Era usado  para tingir sedas e linhos usados pelos nobres do Oriente. Como tintura sua cor variava do marrom ao castanho-claro e, conforme a diluição e as misturas, podia resultar em tons de rosa, castanho e púrpura. Na Europa, os maiores consumidores do pau-de-tinta eram a França, onde era chamada de brezil, e a Itália que a denominava bracire ou brazili. Com o nome de brasil, a árvore já era conhecida em Portugal e Espanha por volta de 1220.

Tintureiros tingindo tecidos com pigmento extraído do pau-brasil. Iluminura francesa, séc. XVI

Cristóvão Colombo foi o primeiro a ver árvores de pau-brasil crescendo em meio às florestas do Caribe, e registrou sua existência na carta que enviou aos Reis Católicos, em 1495. Em sua terceira viagem à América, em 1498, Colombo recolheu 20 quintais (pouco mais de uma tonelada) da madeira nas matas do golfo de Pária, na Venezuela, e os levou para Sevilha. Em janeiro de 1500, o espanhol Vicente Pinzón carregou seus navios com 350 quintais (ou 21 toneladas) de pau-brasil, recolhidos nas praias do nordeste do Brasil, ou talvez na região de Pária, levando-os à Espanha.


A exploração do pau-brasil nas terras portuguesas 


O pau-brasil crescia em meio à Mata Atlântica, entre o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro, concentrando-se nas costas que hoje correspondem ao Rio de Janeiro, sul da Bahia e Pernambuco. A própria expedição de Cabral parece ter embarcado alguma quantidade de toras de pau-brasil e quase todas as expedições de reconhecimento ou guarda-costas enviaram toneladas de pau-brasil para Portugal que seguiam daí para Amsterdam, onde o pó da madeira raspada era transformado em corante. Em 1501, a exploração de pau-brasil foi arrendada ao mercador Fernando de Noronha ou Loronha que, em 1504, foi agraciado com a donataria no arquipélago que traz hoje o seu nome. O contrato de arrendamento foi renovado até 1511, depois transferido a Jorge Lopes Bixorda. 

De 1513 em diante, permitiu-se a livre exploração mediante o pagamento do quinto (20%) ao rei. A exploração do pau-brasil foi feita num ritmo tão feroz que só no primeiro século de exploração, cerca de 2 milhões de árvores foram derrubadas – uma espantosa média de 20 mil por ano ou quase 50 por dia. Cada navio podia levar cerca de 5 mil toras por viagem. Não é de se estranhar, portanto, que já em 1558, as melhores árvores só pudessem ser encontradas a mais de 20 km da costa. 

Feitorias, “brasileiros” e regimentos 


O negócio do pau-brasil estimulou a fundação de feitorias em toda a costa brasílica. As feitorias eram simples galpões de madeira, cercado por uma paliçada de toras pontiagudas, tendo por mobília apenas arcas e caixotes e onde, ao longo do ano, ficavam apenas três ou quatro homens. Eles eram chamados de “brasileiros”. O nome dado a esses traficantes ou coletores de pau-brasil acabaria se estendendo a todos os nascidos no futuro país. 

Em 1519, havia três feitorias no Brasil: em Cabo Frio, Rio de Janeiro e Pernambuco. Provavelmente havia uma quarta, na baía de Todos os Santos. A exploração do pau-brasil e a disciplina dos “brasileiros” eram reguladas por normas rígidas estabelecidas pela Coroa lusitana. O primeiro desses regulamentos parece datar de 1511. Trata-se do famoso Livro da viagem e regimento da nau Bretoa, descoberto por Adolfo Varnhagen na Torre do Tombo, em Lisboa, em 1844. 

A Bretoa pertencia a um consórcio de mercadores formado por Fernando de Noronha, pelo banqueiro florentino Bartolomeu Marchioni, Benedeto Moreli e Francisco Martins. A tripulação do navio era constituída por 36 homens. De acordo com o regimento real, a missão da Bretoa era “obter a maior carga de pau-brasil de boa qualidade, com a menor despesa possível”. A nau partiu de Lisboa em fevereiro de 1511 e aportou em abril na baia de Todos os Santos onde permaneceu por 27 dias. Depois rumou para Cabo Frio onde se erguia a mais antiga feitoria do Brasil, fundada por Américo Vespúcio sete anos antes. 

Em agosto, a Bretoa zarpou do Brasil levando 5.008 toras de pau-brasil pesando cerca de 100 toneladas, além de mais de 60 animais entre eles 15 papagaios, 12 felinos e 6 macacos. O regimento da nau Bretoa incluía uma vasta lista de proibições impostas aos marujos como a proibição de ultrapassar os limites da feitoria, de adentrar a terra firme, de falar ou negociar com os índios, de pernoitar fora da nau, de praguejar etc. As normas rígidas e as punições severas aos infratores não conseguiram evitar o roubo de machados e machadinhas por tripulantes que foram usados para trocar por aves, penas e macacos com os índios. 

Piratas e corsários franceses 


Piratas e corsários agiam da mesma maneira: abordavam e pilhavam navios, praticavam violências contra tripulações, atacavam áreas costeiras saqueando e fazendo vítimas. Diferenciavam-se, porém, quanto à sua organização e mando. A pirataria era uma iniciativa autônoma, impulsionada por interesses materiais, sem qualquer consideração ética ou religiosa. O corsário, por sua vez, atuava dentro de uma certa “legalidade” munido de uma “carta de corso” concedida por reis e príncipes autorizando o ataque a áreas inimigas. As descobertas marítimas impulsionaram a pirataria do Mediterrâneo para o Atlântico. 

As costas do Brasil estavam muito mais próximas dos portos europeus do que a Índia ou Sumatra. Os franceses foram os primeiros a investirem conta o litoral do Brasil.

Em junho de 1503, Paulmier de Gonneville armou um navio de 120 toneladas, o L’Espoir, para saquear especiarias no mercado indiano. Impossibilitado de manter o rumo, arribou às costas do Brasil. Foi a primeira visita francesa ao Brasil, seguida de muitas outras.

O L’Espoir aportou no litoral norte de Santa Catarina onde permaneceu seis meses ancorado. Foi, contudo, na baía de Todos os Santos que ele abasteceu o navio com uma preciosa carga de pau-brasil. Ao retornar à Europa, o navio foi atacado primeiro por um pirata inglês e depois por um pirata bretão. Em maio de 1505, os poucos sobreviventes do L’Espoir chegaram a pé em Honfleur sem navio e sem carga.

Embora a viagem de Paulmier de Gonneville tenha sido um fracasso comercial, ela alertou definitivamente os franceses para a existência do Brasil. O rei francês Francisco I, contestando o Tratado de Tordesilhas que dividia a mundo entre Portugal e a Espanha, autorizou corsários a atacarem as terras lusas no Oriente e na América.

Em maio de 1527, corsários franceses chegaram a Pernambuco dispostos a carregar os navios com pau-brasil. Foram interceptados pela expedição guarda-costa de Cristóvão Jacques. O combate que se travou foi violento com dezenas de mortos e tamanha a crueldade com os prisioneiros que o rei de português destituiu Cristóvão Jacques e exigiu seu regresso imediato.

Mas os ataques de piratas e corsários continuaram. Em setembro de 1531, os portugueses capturaram próximo ao estreito de Gibraltar, no Mediterrâneo, a nau La Pelèrine que retornava do Brasil com o porão cheio de pau-brasil: 15 mil toras (300 toneladas), 3 mil peles de onça, 600 papagaios, 1,8 toneladas de algodão, além de óleos medicinais, pimenta, semente de algodão. Esta disputa luso-francesa teve desdobramentos nas relações entre europeus e indígenas, forjando-se e desfazendo-se alianças que os nativos souberam conduzir com habilidade, ao passo que os europeus em conflito se esforçaram para deles se aproximar.

A mão de obra indígena 


O papel dos índios foi fundamental no processo de exploração do pau-brasil, pois eram eles que derrubavam as árvores, cortavam as toras e as transportavam para os navios. Era trabalho árduo considerando-se o tamanho das árvores, a espessura dos troncos e seu peso. Os troncos, duríssimos, variando de 20 a 30 metros de altura, depois de cortados, eram transformados em toras de cerca de 1,5 metros que podiam pesar até 30 quilos cada uma. Jean de Léry descreveu o trabalho estafante dos índios nas lides do pau-brasil que carregavam nos ombros nus por duas a três léguas (de 13 a 20 quilômetros).


Em troca desse serviço, os nativos recebiam facas, espelhos, miçangas, tesouras, agulhas, foices e, decerto, machados de ferro para cortarem os troncos. A difusão do uso desses machados em substituição aos de pedra aumentou imensamente a produtividade do trabalho, reduzindo em mais de dez vezes o tempo para derrubada dos troncos. Daí entender que no século XVI mais de 2 milhões de árvores tenham sido derrubadas e reduzidas a toras.

Os índios, por sua vez, souberam aproveitar a tecnologia dos instrumentos europeus para benefício próprio, incluindo machados e facas de metal nas suas guerras e nas atividades de subsistência.

Fonte: Ensinar História


Tão Longe, Tão Perto



ALEMANHA , 1993 , 148 MIN.

Apesar dos anjos serem proibidos de interferir na vida humana, Cassiel (Otto Sander) impulsivamente quebra esta regra quando uma menininha cai do terraço de um prédio e ele corre para a socorrer - o que o transforma em carne e osso. Damiel (Bruno Ganz), o companheiro de Cassiel que optou pela vida terrena no primeiro filme, trabalha agora numa pizzaria e vive com sua esposa, a trapezista Marion (Solveig Dommartin).

Peter Falk, que representou si próprio em "Asas do Desejo", volta aparecer, e o roqueiro Lou Reed (responsável pela trilha sonora) e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev também marcam presença no filme como eles mesmos.

A fotografia é impecável (marca registrada dos filmes de Wenders), mesclando a cor com o preto e branco - assim como em "Asas do Desejo", em que as cenas do anjo não são coloridas, pois, segundo o diretor, "o preto e branco revela a essência da pessoa".

Recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1993. No ano seguinte, U2 foi indicado para a Melhor Canção Original no Globo de Ouro.

Este filme é a seqüência de "Asas do Desejo" (1987) - o mesmo que, em 1998, recebeu a versão hollywoodiana "Cidade dos Anjos".






Massacre da Praça da Paz Celestial


O Massacre da Praça da Paz Celestial, foi a maior manifestação popular contra o Partido Comunista Chinês (PCC), de 3 a 4 de junho de 1989.

Com o fim da União Soviética, a China voltou-se para o capitalismo. Mas essa mudança não alterou a forma de governo chinês e a população estava insatisfeita. Com esse, diversos levantes eram feitos, mas logo silenciados pelos líderes. No entanto, no dia 15 de abril de 1989 foi dado o “estopim” dos protestos, quando Hu Yaobang, líder reformista destituído pelo presidente Deng Xiaoping desde as primeiras revoltas em 1986, faleceu. Yaobang tinha lutado bravamente pela reabilitação dos perseguidos durante a Revolução Cultural, e era a favor de uma mudança política, posição que lhe gerou diversos inimigos.

Com a morte de Yaobang, milhares de estudantes da Universidade de Pequim saíram em protesto. Esses universitários encheram a cidade de fotografias dele e levaram coroas de flores em sua homenagem ao Monumento aos Heróis do Povo da Praça da Paz Celestial. O que era apenas uma manifestação de luto se tornou um grande protesto popular. Os estudantes acamparam e dormiram na Praça da Paz Celestial (Tian’anmen). Logo, intelectuais e trabalhadores começaram a se juntar também, todos reivindicando o fim da corrupção burocrática, do desemprego e da inflação, além de pedir uma maior liberdade no país.

Em meados de maio de 1989, a visita de Mikhail Gorbatchev, dirigente russo, atraiu ainda mais estudantes, operários e profissionais de outras cidades e províncias chinesas a se unirem aos protestos. Cientes da presença de correspondentes estrangeiros, os manifestantes ergueram em Tian’anmen uma estátua, que chamaram de Deusa da Liberdade, para assim atrair a atenção do mundo. O objetivo do movimento não era acabar com o comunismo chinês, e sim pedir reformas.

Diante das inúmeras falhas em suas tentativas de desocupação da praça e de calar os protestos, Deng Xiaoping acionou as tropas do exército. Nas noites de 3 a 4 de junho de 1989, civis desarmados foram mortos pelos disparos das armas dos soldados, ou esmagados pelos tanques de guerra. Contra uma população completamente indefesa, o exército usou de toda sua força para massacrar o que se estima ser cerca de 1.300 pessoas, fora as muitas prisões e torturas. O PCC afirma que foram apenas 200 mortos, e justificam suas ações como necessárias, para “evitar uma rebelião contrarrevolucionária que acabasse com o sistema socialista”.

Por mais que o governo chinês e os militares tenham apagado todos os restos da revolta estudantil, e que até hoje esse massacre seja chamado oficialmente apenas de “incidente”, a imagem o rebelde solitário desafiando toda uma linha de tanques de guerra permanece na memória de todo o mundo.

No ocidente, essa foto virou símbolo da resistência democrática.







Fonte: Estudo prático




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