terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
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9º Ano Cap. 1
,
Idade Contemporânea
,
Imperialismo norteamericano
,
Resumo
» A América no século XX
A América no século XX
No início do século XX, a Grã-Bretanha possuía um papel de destaque entre as grandes potências
européias. Esse país detinha muita influência econômica e política na América Latina, ao financiar
estradas de ferro, modernização de portos e instalação de energia elétrica. Porém, com a chegada da
Primeira e Segunda Guerras Mundiais, os recursos da Grã-Bretanha se voltaram para a guerra. Isso abriu espaço para que um país com a economia emergente, se tornasse a maior potência mundial até os dias de hoje.
Os Estados Unidos passaram a realizar empréstimos para os países europeus durante e principalmente a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Durante as guerras, os EUA forneciam produtos
industrializados aos europeus (bélicos ou não) e após a guerra concedeu empréstimos para a reconstrução de muitos países europeus. Isso tornou os EUA o maior credor do mundo, tendo condições de se enriquecer enormemente.
Nesse mesmo período, na América Latina, os países mantinham as mesmas relações comerciais
colonialistas (agroexportação), mesmo muitos países já sendo independentes. Como os EUA ainda se
concentravam em fornecer produtos industrializados para a Europa, os países da América Latina
buscaram alternativas como a substituição das importações, ou seja, desenvolveram uma base industrial interna que podia abastecer, sob condições mínimas, sua própria demanda. Entretanto, esse
investimento no setor industrial provocou mudanças significativas na economia, já que até então estava voltada para o setor agrícola. O meio rural aos poucos foi cedendo espaço para a sociedade urbanizada, fazendo surgir as classes médias urbanas e a burguesia industrial.
A influência dos EUA na América pode ser posta, à princípio, na Doutrina do Destino Manifesto,
cujo pensamento expressava a crença de que o povo dos EUA fora eleito por Deus para comandar o
mundo, e por isso o expansionismo seria apenas o cumprimento da vontade divina. Logo após, em 1823, aparece a Doutrina Monroe, com o lema: “A América para os americanos”, assim, gradativamente os EUA foram retirando a influência europeia da América Latina. Contudo, a exploração não cessou para os latinoamericanos, só mudou aquele que explorava, assim, os latinoamericanos ironicamente citavam a Doutrina Monroe: “A América para os norteamericanos”.
Em seguida, no século XX, o presidente dos EUA Theodore Roosevelt (1901-1909), adotou uma política conhecida como a política do grande porrete (big stick policy), que tinha como medidas principais medidas: intervenções militares, interferências diplomáticas e o financiamento de empresas exploradoras de recursos naturais na América Latina.
Exemplos da Política do Grande Porrete:
a) Cuba: os EUA apoiaram a luta de independência de Cuba contra a Espanha. Livres dos espanhois, Cuba passa a ser controlada pelos EUA através da Emenda Platt, que foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos a intervir naquele país a
qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estadunidense.
b) Panamá: O canal do Panamá foi construído e inaugurado pelos americanos em 1914, para
utilizar e controlar essa construção os EUA passaram a pagar uma anuidade ao governo Panamense
como forma de indenização. Em 1981, o General Manuel Antonio Noriega assume o governo do Panamá. Em 1989 Noriega anulou a eleição em que fora vencido pelo opositor Guilherme Endara, temendo atingir os interesses americanos, os EUA enviaram tropas e invadiram o Panamá, colocando Noriega no poder. Em dezembro de 1999 foi realizada uma solenidade para entrega do controle do canal ao Panamá.
c) Nicarágua: A ocupação militar da Nicarágua pelos EUA começou formalmente em 1912, destinadas a impedir a construção do Canal da Nicarágua por qualquer nação, com exceção dos Estados Unidos. A ocupação terminou com Augusto César Sandino, um revolucionário nicaraguense, liderando exércitos de guerrilha contra as tropas norte-americanas. Além disso, com o início da Grande Depressão, tornou-se dispendioso para o governo estadunidense manter sua ocupação; dessa forma, as tropas foram retiradas em 1933.
d) México: Em 1910, Porfírio Díaz governava sob uma ditadura. A classe latifundiária foi obrigada a
adotar ideias da burguesia norte-americana e européia, rejeitando todas as tradições indígenas mexicanas.A política de Porfírio aponta valorizar a entrada de capital estrangeiro para conhecer os recursos minerais e vegetais e fabricar produtos de exportação. A desapropriação das terras camponesas alcançou o ódio dos camponeses que sempre eram explorados e, por não haver mais saída, Porfírio Diaz acabou renunciando. Após a renúncia de Porfírio, Francisco Madero, componente de uma elite que fazia divergência ao governo anterior, adquiriu o poder no México. Madero cativou a população mexicana com o comprometimento de reformas sociais que diminuíram a exclusão social que, na época, 70% da população mexicana era analfabeta.
Com o passar dos anos, o governo não realizou suas promessas e os camponeses acabaram se revoltando e reivindicando a sua posse de terra por meio de uma reforma agrária. Diante disso, dois camponeses tiveram maior destaque na oposição ao governo de Madero, Emiliano Zapata e Francisco Pancho Villa. Em 1913, Francisco Madero foi assassinado. Zapata e Pancho Villa faleceram, em 1919 e 1923.
Uma nova constituição foi proclamada no México em 1917, o que acarretou na eleição de Carranza
como presidente. Esse acontecimento aborreceu as camadas populares e os camponeses, que permaneceram com os conflitos contra o governo principal. Porém, depois que Zapata e Pancho Villa
faleceram, em 1919 e 1923, respectivamente, o movimento revolucionário foi acabando, e dando lugar ao liberalismo apoiado pelas elites dos proprietários de terra.
Consequências da Revolução Mexicana: Declínio do Caudilhismo; Criação de um novo sistema
político, denominado Populismo; Controle das massas pelos meios de comunicação.
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