quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
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9º Ano Cap. 5
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Getúlio Vargas
Getúlio Vargas (1883-1954) foi presidente do Brasil. Permaneceu no poder por 19 anos, de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. A “Era Vargas” foi marcada, ao mesmo tempo, por um regime ditatorial e pela criação de diversos direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, a carteira de trabalho e as férias anuais remuneradas. Foi chamado de “o pai dos pobres”.
Getúlio Vargas (1883-1954) nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, no dia 19 de abril de 1883. Ingressou no 6º Batalhão de Infantaria de São Borja, sendo logo promovido a Sargento. Entrou para a Escola Preparatória e de Tática, de Rio Pardo. Em seguida, ingressou no 25º Batalhão de Infantaria de Porto Alegre. Logo depois abandonou a vida militar e em 1903 ingressou na faculdade de Direito, em Porto Alegre, concluindo o curso em 1907, voltando em seguida para São Borja, onde passou a advogar.
Em 1909, Getúlio Vargas ingressou na política como Deputado Estadual, onde permaneceu até 1913, sendo reeleito para o mandato de 1917 a 1923. Em seguida foi eleito para Deputado Federal, ficando no cargo entre 1924 e 1926, quando foi nomeado Ministro da Fazenda, a convite do presidente Washington Luís. Em 1927 deixou o cargo para se candidatar ao governo do Estado do Rio Grande do Sul. Tomou posse em 1928.
Em 1929 se candidata à presidência da República pela Aliança Liberal. Derrotado, comanda a “Revolução de 1930”, que derrubou o presidente Washington Luís e impediu a posse de sucessor legal, Júlio Prestes, de quem havia acabado de perder as eleições. Getúlio é levado ao poder por uma junta militar, assumindo o governo provisório que se estende até a promulgação da nova Constituição da República em 16 de julho de 1934, quando finalmente foi eleito presidente pela Assembleia Constituinte.
Na Presidência, Getúlio Vargas adota uma política nacionalista, moderniza a economia e cria o Ministério do Trabalho. Em novembro de 1937, dissolve o Congresso Nacional e instala a ditadura do Estado Novo, com forte repressão política. Em outubro de 1945, é deposto pelos militares. Contribui então, para a formação do Partido Social Democrático (PSD) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). É eleito senador pelo Rio Grande do Sul.
Em 1951 Getúlio volta à presidência da República, desta vez pelo voto popular, iniciando a “Nova Era Vargas”. Consolida-se o populismo, volta a amparar os trabalhadores assalariados e defender as riquezas nacionais. Autoriza o aumento de 100% do salário mínimo, provocando revolta entre os patrões. Critica a remessa do lucro das empresas estrangeiras para fora do país.
Diante da ameaça que Getúlio representava para o capital internacional, a oposição começou a se articular. O principal partido de oposição a UND (União Democrática Nacional), liderada por Carlos Lacerda e que havia perdido as eleições, tornou-se o principal instrumento de contestação ao Governo. No dia 5 de agosto de 1954 Carlos Lacerda sofreu um atentado e o resultado foi o assassinato do major Rubens Vaz. As investigações provaram que o arquiteto do plano foi Gregório Fortunato, o fiel guarda pessoal de Getúlio.
As pressões aumentaram, manifestações militares exigiam a renúncia de Vargas. No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio recebe um ultimato do ministro da guerra, exigindo seu afastamento. Isolado no Palácio do Catete, Getúlio redige seu testamento e suicida-se.
Getúlio Varga morre no Rio de Janeiro, com um tiro no peito na madrugada de 24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete.
Fonte: ebiografia
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