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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Primeira República


A Primeira República no Brasil foi iniciada em 15 de novembro de 1889, com o fim da monarquia, e durou até a Revolução de 1930, quando passou a ser chamada de República Velha.

Também foi denominada pelos historiadores por República Velha, República Oligárquica, República de Coronéis e República do Café com Leite.

O primeiro presidente da Primeira República foi o Marechal Deodoro da Fonseca e o último Washington Luís. Em 1891, Deodoro da Fonseca renuncia e, em seu lugar, assume Floriano Peixoto.

O regime, de república presidencialista, foi escolhido pelo voto popular em 1893, quatro anos depois da edição da primeira Constituição do País.

A Primeira República ou República Velha é dividida em dois períodos:


  • República da Espada – 1889 – 1894: governos militares de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto
  • República Oligárquica - 1895 – 1930: governos das oligarquias rurais de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. É o chamado coronelismo, praticado, principalmente, pelos cafeicultores.


Características


  • Fazendeiros dominavam o poder, exercido pela troca de favores
  • A economia predominantemente rural, com ênfase na produção de café
  • Também era marcante a produção de açúcar, algodão, borracha e cacau
  • Início do desenvolvimento industrial
  • Início dos movimentos operários pela instituição de direitos trabalhistas
  • A maioria da população era analfabeta
  • Dos 12 milhões de habitantes, somente 10% conseguia participar do processo eleitoral
  • Fim do voto censitário, que exigia 200 mil réis para votar
  • Instituição do voto aberto para maiores de 21 anos
  • Não podiam votar as mulheres, soldados, analfabetos e pobres
  • Os coronéis indicavam em quem o eleitor pobre deveria votar (voto de cabresto)
  • A Justiça Eleitoral não era independente
  • Mudanças sociais e econômicas com a chegada de imigrantes


Política dos Governadores

Era o sistema de alianças baseado na troca de favores. O principal articulador desse sistema foi o Campos Sales, um fazendeiro paulista que foi o segundo a ocupar a Presidência da República.

Seu papel consistia em articular o sistema de alianças entre os governos dos Estados e o federal.

Nesse sistema, os governadores apoiavam a eleição de um Congresso Nacional favorável ao presidente. Em troca, recebiam mais recursos e abriam cargos para os aliados.

O resultado das eleições estava a cargo de uma Comissão Verificadora. Essa comissão era favorável a presidente e, não raro, distorcia resultados aprovando nomes de deputados e senadores aliados.

É por esse motivo que a eliminação dos adversários ficou conhecida como degola.

Política do Café-com-leite
Esse foi o nome dado à alternância de poder de presidentes de Minas Gerais e São Paulo. Minas era produtora de leite e São Paulo de café.

Os dois estados dominados pelo PRM (Partido Republicano Mineiro) e PRP (Partido Republicano Paulista).

Convênio de Taubaté
A situação da política brasileira foi modificada drasticamente pela economia. A base econômica era o café, responsável por 50% das exportações durante toda a Primeira República.

A produção brasileira assumiu a oferta de dois terços do mercado internacional. Aspirando mais lucro, fazendeiros aumentaram a produção e começaram a receber mão-de-obra estrangeira assalariada.

O plano resultou em excesso de produto e o preço caiu drasticamente. O Convênio de Taubaté tinha a finalidade de solucionar a crise.

O governo passou a estocar o excedente para vender quando dos preços melhorassem. Dessa maneira, os fazendeiros não quebrariam. Para comprar o café produzido em excesso, o governo fez empréstimos no exterior.

A superprodução continuou e o governo estocou café sem conseguir encontrar oportunidade para venda.

Movimentos Sociais
O período da Primeira República é mercado pela industrialização. Muitos recursos para a indústria saíram dos cofres do governo, que comprava o excedente de café dos fazendeiros.

A expansão resultou em contratações e na necessidade natural de garantias de direitos trabalhistas. Começam aí intensos movimentos operários.

O Brasil contava com 600 fábricas e empregava 54 mil operários em 1889. Em 1922, já eram 13 mil fábricas empregando 275 mil trabalhadores.

A maioria das fábricas, 31%, estava localizada na cidade de São Paulo. Os donos impunham pesadas cargas de trabalho, com até 15 horas de produção diária.

Não havia direito a férias, os salários eram baixíssimos e as instalações insalubres. Também não era rara a violência física, principalmente contra as crianças de 7 a 14 anos.

Contra a situação, foi criado em 1917, o Comitê Popular de Agitação. O objetivo era evitar a exploração dos trabalhadores menores de idade.

Esse movimento é o precursor da atividade sindicalista brasileira. Ainda em 1917, ocorre em São Paulo a primeira Greve Geral do Brasil.

Golpe de 1930
O ciclo da Primeira República chega ao fim com o Golpe de 1930, quando Getúlio Vargas assume a Presidência, impedindo a posse de Júlio Prestes, eleito democraticamente.

Fonte: Toda Matéria


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